Endividamento dos mais pobres bate recorde e atinge 22%, diz FGV

Segundo a FGV, 61 milhões podem entrar para faixa da pobreza com a redução do auxílio emergencial

Os efeitos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus são sentidos pela parcela mais pobre . Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que 22,3% dos brasileiros que recebe até R$ 2.100 está endividado. Para a instituição, a redução do auxílio emergencial e o aumento do desemprego ajudam a explicar esse fenômeno.

Esse patamar só foi observado em junho de 2016, quando o governo passou pelo segundo ano de recessão durante o governo Dilma.

O endividamento cresceu em todas as faixas de renda, porém, foi sentida entre os mais pobres, pois, estes não tem a chamada “poupança precaucional”: recursos destinados para algum imprevisto.

“Na verdade, não é nem uma poupança. É guardar um dinheiro este mês para poder pagar as suas contas no mês que vem e ter um pouco mais de tranquilidade”, diz Viviane Seda, responsável pela pesquisa.
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Isso fez com que apenas 3,9% dos brasileiros com ganho superior a R$ 9.600 afirmassem estar se endividando.

Dívida por faixa de renda:
Até R$ 2.100 – 22,3%
De R$ 2.100 a R$ 4.800 – 14,2%
De R$ 4.800 a R$ 9.600 – 6,3%
Acima R$ 9.600 -3,9%

“A capacidade das famílias de baixa renda de construir uma poupança foi se esgotando conforme houve uma interrupção de vários programas do governo”, afirmou Viviane ao G1.

Fonte: IG ECONOMIA

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