Força tarefa contra trabalho escravo constata 70 pessoas em risco social no Acre


A Tribuna Acre - A Polícia Federal, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE), com a participação da Defensoria Pública da União, realizaram entre os dias 21 e 25 de janeiro ação conjunta para combater o trabalho análogo à escravidão na região de Rio Branco, Plácido de Castro, Acrelândia, Epitaciolândia e Xapuri.


Durante a ação foram fiscalizadas 10 locais, principalmente fazendas de pecuária e áreas de desmatamento para a formação de pastagem. Foram encontradas 70 pessoas com irregularidades trabalhistas que geraram autos de infração. O Sistema Alethia da Polícia Federal foi utilizado com a finalidade de realizar, por meio de biometria, a identificação dos trabalhadores e detectar possíveis fugitivos da justiça. Outra tecnologia empregada durante a operação foi o Sistema Planet, o qual permite realizar o monitoramento diário do desmatamento de florestas através de imagens de satélites.


Ação similar foi realizada em todo o país, tendo como motivação o Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo Contemporâneo (dia 28 de janeiro), A data homenageia os auditores fiscais do trabalho Erastótenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados em 28 de janeiro de 2004, quando apuravam denúncias de trabalho escravo em fazendas da região de Unaí (MG), episódio conhecido nacionalmente como Chacina de Unaí.


No Acre força tarefa contou com 22 policiais federais, 4 Auditores-Fiscais do Trabalho, 1 Procurador do Trabalho e 1 Defensor Público da União.


O conjunto da operação representa a maior força-tarefa já montada no país com a finalidade de efetuar o resgate de trabalhadores em condições irregulares.

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