Os integrantes do Cadastro de Reserva da Polícia Militar do Acre estão revoltados com a informação de que o governador Gladson Cameli não os convocará para tomarem posse nos cargos e entrarem em serviço. Essa era uma promessa do governador acreano desde a campanha, e após a posse, foi ratificada.
A informação, dada pelo chefe do Palácio Rio Branco na semana passada, em entrevista à Rádio Aldeia, caiu como uma bomba entre os concurseiros de plantão que achavam que ainda seriam convocados em massa. Cameli garantiu convocar apenas aqueles que precisem preencher vagas de convocados que não se apresentarem.
Em uma nota publicada nas redes sociais, o grupo de concurseiros criticou a equipe de Cameli, e disse que o governador está cercado de uma cúpula de assessores que boicota as promessas de campanha e de governo, no que chama de pós-eleição, e citou os militares de alta patente que controlam o setor de Segurança Pública.
“O Governador está cercado por uma cúpula que boicota as suas promessas de campanha e pós-eleição. Autoridades insensíveis com jovens que sonham com a profissão militar. Quais são as razões para Secretários de Estado - alguns oficiais do último posto - conduzirem o Governador a não cumprir sua palavra?” diz a nota dos concurseiros.
Ainda de acordo com o reclame dos membros do cadastro de reserva, haveria a possibilidade de os classificados na espera do certame serem nomeados para atuação junto ao Corpo de Bombeiros, já que o efetivo da corporação seria baixo diante da possibilidade garantida pela legislação.
“O CR PM está se propondo, inclusive, a ter parte de seus concurseiros nomeados para o cargo de soldado do CBMAC, onde atualmente há somente cerca de 50 nesta graduação, com menos de 500 homens no total (a lei prevê que deveria ter 1865)”, diz o grupo que pede para se encontrar presencialmente com o governador.
Da redação do Notícias da Hora