Seguindo os protocolos exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o governador do Acre, Gladson Cameli, se reuniu na manhã desta segunda-feira, 30, com as principais lideranças dos municípios que compõem a região do Juruá-Tarauacá/Envira. O vice-governador do Estado, Major Rocha, também esteve presente na reunião.
O encontro aconteceu no ginásio poliesportivo Jader Saraiva, observando a obrigatoriedade de um espaço aberto e obedecendo também a distância exigida entre os participantes a fim de evitar aglomerações e possibilidades de contágio.
O principal objetivo foi debater estratégias direcionadas à problemática da pandemia que já saiu da capital e avança para os municípios do interior, alinhar as necessidades pontuais de cada município e trazer as devidas soluções.
Objetivo do encontro foi debater estratégias direcionadas à problemática da pandemia que já saiu da capital e avança para os municípios do interior Foto: Marcos Vicentti/Secom |
Em Tarauacá, a prefeita Marilete Vitorino expôs um problema recente que teve que lidar ao mesmo tempo em que começou a pandemia. O rio Tarauacá transbordou e foi preciso deslocar famílias a abrigos sem que pudessem evitar o contato entre as pessoas. Outro problema está junto às comunidades indígenas que possuem um regime próprio e acabam descumprindo as regras baixadas em decreto.
“Graças a Deus esse primeiro problema com a enchente nós conseguimos tratar sem mais prejuízos, montamos barreiras protegendo a entrada de pessoas estranhas ao município, mas hoje, além de problemas econômicos já que a maioria das famílias são carentes, é o problema com as comunidades indígenas. Possuem regime próprio e é difícil conseguir evitar que se aglomerem e tomem os devidos cuidados de higiene, é um problema que trago para que juntos possamos pensar em como resolvê-lo”, pontuou a prefeita.
reunião aconteceu no ginásio poliesportivo Jader Saraiva, Observando a obrigatoriedade de um espaço aberto e obedecendo também a distância exigida entre os participantes Foto: Marcos Vicentti/Secom |
O representante Luan Coelho, de Porto Walter, acredita que por questões de localização o município esteja em uma situação mais confortável que os demais. “Para chegar até o município, só de barco ou avião, e todos os portos estão sendo vigiados 24 horas por dia, quase não está tendo acesso e quem chega passa pelo teste, são aconselhados e monitorados por 48 horas, ainda assim, não acho que devamos baixar a guarda, caso apareça algum caso também teremos dificuldade de oferecer um atendimento de urgência por sermos isolados, então é preciso olhar para Porto Walter com um olhar diferenciado”, descreveu o representante.
Observando todos os percalços existentes em cada região, o governador Gladson Cameli reconheceu as dificuldades de cada autoridade e reafirmou o compromisso de continuar em busca de soluções. “Eu sei das dificuldades e até acho que na exposição dos problemas estão sendo gentis comigo. Vejo aqui no meu celular os repasses, os recursos que chegam e são distribuídos e vejo que é pouco. Diante da situação nós estamos fazendo o que podemos, funcionários, profissionais de saúde colaboradores, autoridades, estamos todos trabalhando nos limites e o que eu quero pedir neste momento é que continuem fazendo o que for necessário, que o que estiver ao nosso alcance nós traremos soluções”, disse Cameli, ao finalizar a reunião.
agência/acre