O deputado estadual Jenilson Leite (PSB), vice-presidente da ALEAC, utilizou a tribuna do parlamento para tratar sobre a privatização do sistema de saneamento básico do país e do estado do Acre, especialmente no tocante a distribuição de água, na qual tramita no Congresso Nacional um projeto de lei substitutivo nº 3.261/2019 que altera a Lei nº 11.445/2007 que versa sobre o tema e está previsto para ser votado ainda este ano.
Além do discurso contra a privatização do sistema de distribuição de água, Jenilson Leite apresentou um requerimento solicitando a realização de um seminário, com previsão para o final de novembro, cujo objetivo é evitar que o projeto da privatização da água avance na Câmara Federal e no Senado.
Para o deputado, o PL abre espaço para que a distribuição de água deixe de ser um serviço administrado pelos governos e prefeituras, e passe para a iniciativa privada. “Eu não preciso me esforçar muito para explicar o que pode representar a água de nosso país e do nosso estado na mão de empresas particulares, que antes de mais nada, prevê a lucratividade. Pois a roda está girando muito rápido com este novo presidente da república, no sentido de entregar aquilo que é essencial ao povo, aquilo que representa vida para os mais pobres, e hoje, sentimos na pele o que cada acreano está fazendo para poder pagar a conta de luz”, alerta o parlamentar.
Segundo Leite, a privatização do saneamento básico no nosso país e no nosso estado representará uma conta a mais e muito cara no bolso daqueles que tem dificuldade de comprar os remédios, comprar o alimento e sustentar seus filhos. Nesse sentido, o vice-presidente do legislativo propôs que seja realizado um seminário na Assembleia Legislativa com a presença dos deputados federais, dos senadores e dos movimentos sociais para se posicionar contra esse absurdo. “O voto de confiança que foi dado lá atrás para que a Energisa, que apresentou “boas” propostas de energia mais barata e de qualidade, nos frustrou. Então, no meio dessa confusão toda a gente não pode dá mais um voto para aqueles que querem se apropriar da água e do sistema de saneamento básico”, ressalta.
Ainda segundo o parlamentar, embora o DEPASA esteja com dificuldade de levar à água até a casa de muitas famílias, como tem bairro que está há três semanas sem receber o abastecimento, ainda assim, temos o privilégio de passar às margens de um rio e sabermos que temos potencialidade de atender a demanda da população. “Agora vocês imaginem essa dificuldade associada a um preço exagerado para a nossa população? ”, indaga legislador.
(assessoria)