Apesar de várias reuniões realizadas com o Secretário Especial para a Reforma da Previdência, Rogério Marinho, e sua equipe, a União dos Policiais do Brasil (UPB) deliberou, nesta quarta-feira, 19, pela participação na paralisação nacional que acontecerá dia 25 de junho.
Representando 24 entidades de policiais entre civis estaduais e federais, a UPB distribuiu informe comunicando que Rogério Marinho, durante reunião com deputados federais sobre a PEC 06/2019 - Reforma da Previdência, afirmou que "os policiais queriam o que de melhor existe para os policiais militares mantendo tempo de serviço menor. Que se houvesse compromisso firmado das entidades, o governo aplicaria aos Profissionais de segurança pública as mesmas regras dos Policiais militares".
Ocorre que a UPB assinou o documento demonstrando cabalmente seu aceite às regras apresentadas aos militares e entregou à equipe do Ministério da Economia. Marinho, ao tomar conhecimento do referido documento, afirmou perante todos os presentes que “se quiserem todas as regras dos militares eu falo com o relator”, mas a leitura da PEC na Comissão Especial da Câmara, demonstrou que o acordado com a categoria não foi cumprido.
Diante dos acontecimentos, a União dos Policiais do Brasil definiu convocar todas as categorias para a paralisação do dia 25 de junho e para o ato unificado dia 02 de julho, em Brasília.
Segundo Itamir Lima, presidente da Fepolnorte (Federação Interestadual dos Trabalhadores Policiais Civis da Região Norte), este é o momento para "conclamar à responsabilidade das entidades, seus diretores e de todos os policiais civis a empenharem seu tempo, disposição e coragem na luta por nossos direitos, equilibrando nossos riscos e valor social com os militares, tão enaltecidos pelo presidente Bolsonaro".
A FEPOLNORTE distribuiu convocação aos policiais civis da Região Norte orientando a categoria a se envolver "de forma efetiva nas manifestações, paralisações, produção de material gráfico, vídeos, faixas, folders, banner etc, para alertar os policiais e a sociedade sobre os riscos que corremos com o fim de nossos direitos previdenciários".
Em Rio Branco, os policiais estarão concentrados na Praça Povos da Floresta, em frente à Assembleia Legislativa.
Blog do Evandro Cordeiro