Professor Coelho abre o jogo, fala de intimidades, do senador Petecão e sobre o PT: “Eles lotaram a penal de gente”


A figura do cabo eleitoral cuja serventia maior era puxar o saco, praticamente desapareceu. Foi substituída por algum tipo de profissional. No Acre o professor Carlos Coelho representa como poucos esse novo sujeito. Coelho criou até uma empresa de consultoria e cobra caro pelos serviços de planejamento de uma campanha. E tem dado certo.

Ele contabiliza vitórias uma atrás da outra.

Em um papo com o Blog do Evandro Cordeiro, Coelho fala sobre esse assunto, de sua vida íntima e sobre ter sido “feito de bobo” pela Frente Popular quando era para ter, legalmente, assumido a cadeira de Tião Viana (PT) no Senado. Casado, pai de dois filhos e avô de dois netos, aos 54 anos o professor se especializou para ser esse novo cabo eleitoral geração whats app. Se especializou em Poder Legislativo e consultoria política pela PUC de Minas Gerais e tem um parceiro na empresa acima de qualquer suspeita, o filho Tássio, que é advogado. Veja trechos da entrevista: 

Blog – O PT “planta” que a oposição não tem projeto. Isso é verdade?

Coelho – Os grupos políticos, nas disputas eleitorais, buscam enfraquecer os seus adversários. A FPA tem reproduzido que a oposição não tem um projeto político e uma parte significativa da população tem isso como uma verdade. No entanto, não adianta também elaborar um projeto distante das demandas da sociedade acreana e não operacionalizá-lo. Tem candidatos que discutem com segmentos da sociedade, elabora um volumoso plano de governo e não coloca em prática.

Blog – O senhor tem ajudado a eleger muita gente com sua consultoria. Porque não eleger a si próprio?

Coelho – Gosto da política. Tenho vontade de ser deputado federal, mas não tenho condições financeiras para estruturar uma campanha. Tenho a intenção, num futuro breve, de ser candidato a prefeito da minha cidade de Tarauacá. Quem sabe.

Blog – O senhor teria deixado de trabalhar com o então deputado federal Sérgio Petecão depois de um desentendimento. Porque o senhor acaba de voltar a trabalhar com ele?

Coelho – Desafios e o profissionalismo! Fizemos uma parceria e vamos vencer as eleições de senador, em 2018. O senador Petecão tem um nome massificado em todo o Acre e tem feito um mandato positivo, ajudando toda a população acreana através das suas emendas parlamentares, sem olhar para as siglas partidárias e sim, preocupado com as pessoas, que mais precisam.

Blog – O senhor vende os serviços da Coelho & Farias, mas deixa claro que a relação com a Frente Popular é ruim e dificilmente daria negócio. Seria pela arrogância do PT?

Coelho – A Frente Popular tem que ser respeitada pela força política que tem e pelas máquinas que detém. Não digo arrogância, acho que a maior dificuldades deles vai ser enfrentar o desgaste em nível nacional e os erros políticos cometidos aqui no Acre. Veja, por exemplo, a ineficiência das políticas públicas, o desemprego e a falta de segurança. Isso tem deixado a população com medo e as penitenciárias lotadas, causando muito sofrimento para muitas famílias acreanas.

Blog – Quem ganha a eleição para governo em 2018?

Coelho – Não sou vidente, sou consultor (risos). Faço análise seca, real. Com o desgaste do PT a oposição leva uma ligeira vantagem e tem chance de vitória. No entanto, se não houver organização, estratégias bem definidas e planejamento será muito difícil vencer.

Blog – Quem é Marcus Alexandre (PT) e quem é Gladson Cameli (PP) para o consultor político Carlos Coelho?

Coelho – São dois bons candidatos, preparados para governar o nosso Acre. Vai vencer quem, no decorrer da campanha, errar menos e quem agregar o maior e o melhor grupo político para lhe dar sustentação no decorrer da campanha.

Blog – Da atual safra quem são os prefeitos que vão se “ferrar”?

Coelho – Temos alguns prefeitos que ainda não se encontraram na administração e isso, sem dúvidas, vai trazer um prejuízo político para os seus aliados. No entanto, muitos ainda tem tempo para recuperar sua imagem política.

Blog – O senhor guarda mágoa da Frente Popular por ter sido mal aproveitado quando trabalhou com eles e, principalmente, por aquele episódio da suplência do senado, quando fizeram de tudo para o senhor não assumir, mesmo sendo o segundo suplente de Tião Viana (PT) e estando com o nome limpo, enquanto o primeiro suplente, Aníbal Diniz, assumiu tendo problemas com a Justiça?

Coelho – Fiz parte da Frente Popular quando eu era filiado ao PMN, mas não participei do governo. Fui eleito segundo suplente de senador, mas não tive oportunidade de assumir, mas entendo que faz parte da política. Não guardo mágoas ou rancor por isso. Sou daqueles que faz política sem olhar para o retrovisor.

BLOG DO EVANDRO CORDEIRO

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