Os sindicatos da educação divergiram da contraproposta do governo do Estado apresentado na última sexta-feira, na reunião ocorrida no gabinete do secretário adjunto da Secretaria Estadual da Educação (SEE). Os trabalhadores em Educação vivem um grande dilema: abrem mão da premiação da VDP (Valorização de Desempenho Profissional), por dois anos ou não terão reajuste salarial neste ano.
“Exigimos uma proposta melhor para professores e funcionários de escola”, disse a professora Rosana Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre. Para a sindicalista, a categoria não pode aceitar que o governo sacrifique o benefício conquistado durante a gestão do então governador Binho Marques.
Isto, segundo ela, não pode ser considerado reajuste, sem que a categoria decida, pois qualquer proposta que não contemple reajuste real em 2016 será considerada desrespeitosa para Sinteac.
“Queremos avançar mais ainda no percentual para os funcionários de escola, pois insistimos que a Secretaria de Educação melhore o percentual de 11.48% oferecido aos professores”, ponderou a sindicalista. “Esta proposta de suspender a PVDP como condição para conceder o reajuste só atende o interesse do governo, porque o Estado busca usar o nosso dinheiro para garantir o reajuste do nosso salário”, lamentou Rosana.
Em contrapartida, a diretoria do Sindicato dos Professores da Rede pública de Ensino do Estado do Acre (SinpoAcre), sinalizou que concorda com a nova contraproposta do governo de elevar o piso base para R$ 2.402,60.
Com isso, o reajuste seria dividido em três parcelas, a primeira (R$ 2.141,50), em janeiro de 2017; a segunda (R$ 2.272,05), em julho de 2017; e a terceira (R$ 2.402,60), em janeiro de 2018. A equipe de negociação da Secretaria Estadual da Educação (SEE) informou que o reajuste implicará numa despesa adicional R$ 76 milhões, sendo R$ 56 mi na folha dos professores e R$ 20 mi na folha dos funcionários administrativos.
Os sindicatos devem convocar a categoria para mais uma assembleia deliberativa para apresentar a nova proposta que melhorou em comparação à primeira que sinalizava com um reajuste de pouco mais de 11% em três vezes.
JORNAL A TRIBUNA