Professores se reuniram em frente ao Tribunal
da Justiça, em Rio Branco (Foto: Iryá Rodrigues/G1)
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O Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) deve mediar as negociações entre os servidores da Educação e o governo do estado em busca do fim da greve, deflagrada no dia 17 de junho deste ano. A informação foi confirmada pelo gabinete da desembargadora Eva Evangelista, que recebeu os grevistas.
Nesta segunda-feira (10), os funcionários realizaram uma manifestação em frente ao TJ-AC, em Rio Branco. A agenda tinha o objetivo de cobrar uma resposta sobre um mandado de segurança impetrado pela categoria pedindo a suspensão do corte dos salários, anunciada pelo governo nas últimas semanas.
De acordo com o TJ-AC, a magistrada ainda não avaliou o processo, mas se dispôs a fazer uma mediação em busca de um acordo. Ao G1, o advogado Antônio Medeiros, da assessoria jurídica do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) afirmou que a categoria busca uma forma de encerrar a greve com algum ganho.
“A desembargadora ficou de, assim que o processo retornar do Ministério Público, avaliar e verificar a questão da possibilidade de fazer uma tentativa de conciliação. Seria para intermediar no sentido de conseguir um acordo, uma tentativa de compor as partes para solucionar o litígio da greve”, acrescentou.
Entenda o caso
Desde o dia 17 de junho, professores e funcionários de escolas, vinculados ao Sinteac, decidiram entrar em greve no Acre. Os educadores ligados ao Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre) aderiram à paralisação no dia 19 do mesmo mês.
A categoria, como um todo, reivindica 25% de reajuste salarial, pagamento do Programa de Valorização Profissional (VDP) e do piso nacional para os outros servidores de escola. Além disso, quer um aumento de 20% sobre o piso e realização de concurso público para cargos efetivos.
Na sexta-feira (7), a categoria se reuniu para avaliar a contraproposta do governo, que inclui o fortalecimento do comitê de gestão do Fundeb, antecipação do pagamento do Programa de Valorização Profissional (VDP) de 2015, que estava previsto para julho do próximo ano, e a realização de um estudo de viabilidade para implantação do piso dos servidores técnico-administrativos que estão com nível médio, mas fizeram curso para servidor. Porém, o acordo foi rejeitado.
Em seguida, no mesmo dia, o governo anunciou que vai abrir um processo seletivo emergencial para substituição dos professores provisórios que estão em greve e dos professores com contrato temporário.
Do G1-Acre