Em coletiva, Sesacre esclarece capacitação de servidores da saúde para tratar ebola

Izanelda Magalhães, esquerda, e Rossana Macedo, direita, explicam medidas adotadas pela Sesacre - Foto: Veriana Ribeiro/G1 Acre
Com o primeiro caso suspeito de ebola no Brasil, que ocorreu no Paraná, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) realizou uma coletiva na manhã desta sexta-feira, 10, para esclarecer as medidas adotadas pela pasta para lidar com o vírus, caso surja algum caso suspeito no Estado.

A diretora de Vigilância em Saúde da Sesacre, Izanelda Magalhães, e a médica infectologista Rossana Macedo esclareceram que os profissionais de saúde do Acre já passam por capacitação para o tratamento da doença. A Polícia Federal no Acre informou que os agentes já receberam esclarecimentos sobre a doença e utilização de equipamentos.

O Ministério da Saúde (MS) enviou ao Acre 14 kits contendo equipamentos de segurança como luvas, máscaras e óculos de proteção, touca cirúrgica, respirador, macacão, avental, luvas duplas e botas específicos para o transporte de possíveis infectados pela doença.

O material foi distribuído para Rio Branco e às cidades de Assis Brasil e Brasileia, que fazem fronteira com o Peru e Bolívia, respectivamente, e que recebem imigrantes vindos do Senegal, Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa, países do continente africano onde o surto do ebola é grande.

Izanelda Magalhães explicou que a capacitação dos profissionais de saúde das unidades dos municípios e fronteira, além dos que trabalham no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), é feita através de vídeos conferências do MS e de modo presencial com profissionais infectologistas do Acre.

De acordo com ela as três cidades são prioridades pela entrada de imigrantes, em Brasileia e Assis Brasil, e o deslocamento deles para a capital acreana. “Após a prioridade, a capacitação será estendida aos profissionais de outros municípios do Acre”, disse Magalhães, garantindo que no próximo mês as cidades do interior passarão pelo processo.

Capacitação

Rossana Macedo explica que as capacitações nas unidades são focadas na prevenção, já que o tratamento é de suporte. “Nós temos toda a equipe da UTI do Huerb habilitada, como referência. Todos os infectologistas do Estado estão preparados e estamos capacitando o restante dos profissionais do Pronto-Socorro”, esclareceu a médica infectologista

“Acompanhei o atendimento aos imigrantes para apontar alguns cuidados que eles deveriam ter no modo deles atenderem. Eles já estão capacitados e foram entregues alguns equipamentos de segurança individual. Já foi providenciado o que é necessário para o atendimento feito ao imigrante”, disse Macedo, que treinou os policiais federais na fronteira.

Izanelda Magalhães explicou que o MS elaborou um plano de contingência que deverá ser adotado em todos os Estados brasileiros. Magalhães informou que o Acre já pediu apoio e reforço do MS, mas o órgão ainda não informou se vai trazer ou não um grupo específico para ficar estabelecido no Estado.

Caso haja algum caso suspeito de ebola no Acre, o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco será ponto de referência para atender os possíveis casos. “Qualquer suspeita deve ser direcionada para o estado do Rio de Janeiro, que é a unidade de referência do Brasil para estes casos. Existe uma aeronave na Força Aérea Brasileira (FAB) que está à disposição do Ministério da Saúde para este tipo de ocorrência no país”, explicou Izanelda Magalhães.

Luan Cesar
Pagina20.net

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