À unanimidade, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre negou provimento ao agravo de instrumento (0001475-36.2013.8.01.0000), que poderia liberar os serviços da empresa Ympactus Comercial Ltda, a Telexfree. O julgamento aconteceu na manhã desta segunda-feira, 12.
Com o resultado, a liminar da juíza Thaís Khalil, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, que determinou a suspensão dos pagamentos da Telexfree, continua valendo.
Além do relator, desembargador Samoel Evangelista, participaram do julgamento as desembargadoras Eva Evangelista e Waldirene Cordeiro.
Para o relator do agravo, desembargador Samoel, a empresa apresenta fortes indícios de pirâmide financeira, o que é proibido no Brasil. Mesmo pensamento da desembargadora Waldirene Cordeiro. Ela voltou a falar que o esquema da Telexfree poderia ter prejudicado financeiramente milhares de pessoas, caso o bloqueio não tivesse ocorrido.
Antes de anunciar o voto, Eva Evangelista demonstrou preocupação com os divulgadores que investiram no negócio pouco antes da decisão judicial ou que ainda não conseguiram recuperar o dinheiro.
Para os desembargadores, ainda não está claro o produto que a empresa oferece aos clientes. Mesmo após a derrota judicial, ainda cabe recurso para a Telexfree reverter a situação. O presidente da Associação de Marketing Multinível do Acre está confiante em uma decisão favorável e nega que o negócio seja uma pirâmide financeira.
“O processo ainda continua, depois desses três votos a zero. Agora, temos que passar a notícia para os divulgadores não apenas no Acre, mas no Brasil, que já passam de um milhão de pessoas. A maioria, realmente, estava na expectativa que a liminar caísse”, afirmou José Ildson.
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