A toda prova: eles são pais exemplares mesmo em situações-limite

A reportagem da Agência ContilNet separou três personagens que podem ser considerados pais a toda prova.

Neste domingo (11) se comemora o Dia dos Pais, e a data é motivo para compras, almoços especiais, troca de presentes e festa em geral, mas raramente é a oportunidade para refletirmos sobre o papel de abnegação daqueles que cumprem com rigor a função de pai.

A reportagem da Agência ContilNet separou três personagens para mostrar um pouco do dia a dia e da dedicação daqueles que, entre milhares de outros espalhados pelo imenso País, podem ser considerados pais a toda prova.


Enquanto o filho do casal não nasce, Chaílton
procura se aproximar das crinças/Foto: Arquivo Pessoal
Chaílton Menezes Ribeiro, 25 anos, aguarda com ansiedade o nascimento do filho Chaílton Júnior, que chegará ao mundo no mês de setembro.
Mesmo sem ainda ter o filho no colo, o campeão internacional de Kung Fu diz que a vida dele já mudou por causa do bebê que está a caminho. “É algo diferente. Muda tudo que existia antes. As coisas adquirem outro valor”, diz.

Pai de primeira viagem, o jovem atleta divide hoje a carreira de esportista com o aprendizado sobre o mundo infantil. “Ajudo a Cátia, minha mulher, a separar as coisas para ele. Compramos juntos. Ele ocupa muito do meu tempo e isso é fantástico”, define.

Lira Morais, 42 anos, tem uma vida bem diferente do atleta Chaílton Menezes. Lira é completamente alheio ao mundo do esporte e desempenha o papel de deputado estadual pelo Partido Ecológico Nacional (PEN), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

De comum, eles compartem a tarefa de serem super pais. Lira emocionou várias pessoas no ano de 2012 ao apresentar um Projeto de Lei que obrigará bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis e similares, a disponibilizarem cardápios em braile para seus clientes, caso seja aprovado.

Pela sua proposição, o cardápio em braile deve ter o nome do prato e a descrição dos acompanhamentos, a relação de bebidas e os preços, além de outras informações necessárias.

Seria algo até normal a proposição do deputado de primeiro mandato, mas a justificativa dele na tribuna da Aleac foi algo emocionante. “Tenho um filho com deficiência visual e sei o quanto eles fazem questão de serem independentes. Com o cardápio em braile nos restaurantes e lanchonetes, fortaleceríamos essa independência. Este cardápio facilitará a vida dessas pessoas e o estabelecimento também sairá ganhando com esta iniciativa. Eu só quero ajudar pessoas que possuem as mesmas limitações do meu filho”, disse, em tom simples, mostrando que legislar também pode ser trabalho de pai.

O tarauacaense Raimundo Accioly e seus dois filhos
Foto: Arquivo Pessoal
Raimundo Accioly, 47 anos, tarauacaense, é sindicalista e ativista cultural, líder comunitário, esportista, radialista e blogueiro. Ele faz várias coisas em tempo parcial e desempenha a atividade de super pai em tempo integral. “Janaína e Giovani são minha vida”, resume.

Accioly sempre foi considerado lá pelas bandas de Tarauacá como um super pai, mas a admiração que ele inspira nas pessoas aumentou depois que a esposa faleceu, há quatro meses, e ele assumiu a função de pai e mãe dos jovens que ele ainda chama de “garotos”.

“Sou pai e mãe. A verdade é que é uma experiência muito rica. Uma relação que sempre foi de muito amor e que apenas aumentou depois que perdemos a Hevânia (professora Hevânia Pinheiro, esposa do radialista)”, diz.

Accioly define a ligação que tem com os filhos como algo forte, mútuo e agregador. “Fui pai aos 22 anos e foi a melhor coisa da minha vida. Ser pai é uma experiência única”, define.

Gina Menezes, da Agência ContilNet

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