O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) realizam no sábado (29) uma assembleia geral com a categoria para votar a proposta da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). O objetivo é protestar contra a contratação dos seis mil médicos cubanos e contra as péssimas condições de trabalho no serviço público de saúde, paralisando as atividades no dia 3 de julho.
A proposta de cruzar os braços tem como meta conscientizar a população e sensibilizar a presidente Dilma Rousseff sobre o perigo da contratação de pessoas sem que eles passem pelo exame aplicado pelo Ministério da Educação (MEC), chamado de Revalida.
“Não somos contra a vinda de médicos, mas todos formados em faculdade no exterior devem passar pelo exame para provar a equivalência entre os conhecimentos obtidos no exterior e os aplicados no Brasil, por isso, essa falta de comprovação pode ser perigosa”, detalhou o sindicalista.
Ribamar Costa alerta à população que existem médicos suficientes, mas faltam medicamentos, equipamentos e uma carreira de Estado para garantir o profissional no interior.
“Não há estrutura de trabalho para garantir melhorias de saúde. É preciso que o poder público também possa contratar por meio de concurso público efetivo, oferecendo estabilidade ao médico”, disse o presidente do Sindmed.
Desde 2012, os médicos lutam para impedir a importação ilegal de médicos, porque a irregularidade fere ainda a Constituição Federal, que obriga o gestor público a realizar a contratação por meio de concurso público, legislação que está sendo ignora pela presidente.
Na semana passada, o tema voltou a ter maiores críticas depois que Dilma Rousseff confirmou a vinda de profissionais de outros países. A notícia gerou uma série de notas de repúdio e um ato realizado pelas entidades médicas nacionais que declararam o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,persona non grata para a sociedade, depois de adotar medidas eleitoreiras.
(assessoria)