TARAUACÁ: Câncer de Ovário e um desabafo


Quero neste domingo alertar nossas mulheres para mais um tipo de Câncer Ginecológico. Dessa feita é o CÂNCER DE OVÁRIO. 

Quando os exames da Hevania apresentaram diversos nódulos por várias partes do seu corpo, já se sabia que ela tinha câncer e que o mesmo havia se espalhado dentro dela. Restava-se saber de qual parte do corpo ele havia se originado.

Uma médica afirmou que o exame mostrava um alteração no OVÁRIO e que ela deveria ser submetida a uma cirurgia para a retirada do órgão e, provavelmente, do útero. 

Quando o médico abriu sua barriga encontrou o ovário intacto, assim como o útero. O Câncer havia se originado em outra parte do corpo e as suspeitas agora recaíram sobre o fígado.

Quero alertar aqui aos valorosos trabalhadores da área da saúde, especialmente  médicos, quando vossas excelências forem atender um paciente no posto de saúde ou seja lá onde for. 

Vou contar o que aconteceu aqui em Tarauacá no posto 24 de Abril quando Hevania começou a sentir, talvez, os primeiros sintomas do câncer. 

Primeiramente, apareceu uma dor na região do seu tórax e pensávamos que não seria nada grave. Foi então que a mesma marcou uma consulta no posto de saúde que atende a comunidade do nosso bairro. Quando chegou sua vez ele me disse que havia um médico que não lembrava o nome, mas alguém dito que era um médico que trabalhava em Feijó e que estava agora também trabalhando em Tarauacá. Vamos à consulta.

Maria Hevania Pinheiro Gomes, casada, mãe de 2 filhos, 46 anos, professora, com um histórico de morte por câncer na sua família, sofria com constantes dores de cabeça e agora uma dor nas suas costelas, entrou no consultório sentou, quando o médico, sem nem olhar para seu rosto, perguntou o que ela sentia. Ela falou da dor, ele receitou um "remedinho" e ela voltou pra casa para se "tratar"

O doutor formado que atendia em Tarauacá não teve nem a dignidade de dar bom dia para a Hevania, muito menos para saber um pouco sobre seu histórico de ser humano, que a profissão deve exigir. Esse é mais um daqueles que se formou em médico, porém, falta a ainda sua "formação de gente". É assim que boa parte desses profissionais tratam o povo.

Quem conversou com a Hevania sobre seu histórico, mandou realizar exames de raio X, além de diagnosticar uma de suas costelas fraturada, foi o bom médico Jasone Silva que  orientou que ela que viajasse para Rio Branco e se submetesse a exames mais apurados. 

Hevania havia viajado para consultar um ortopedista e descobriu-se um câncer que havia tomado conta de seu corpo. Um mês depois ela morreu.



AGORA ATENÇÃO PARA MAIS UM TIPO DE CÂNCER

Ovários são duas glândulas responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos, progesterona e estrogênio. Eles têm também a função de produzir e armazenar os óvulos, que são liberados, um a cada mês e recolhidos pelas tubas uterinas, enquanto durar a vida reprodutiva da mulher.

Câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o mais letal. Sua incidência está associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. A história familiar é o fator de risco isolado mais importante (cerca de 10% dos casos). Câncer de ovário pode acometer a mulher em qualquer idade, mas é mais frequente depois dos 40 anos.

Os genes BRCA1 e BRCA2, que também podem causar câncer de mama, estão amplamente correlacionados com o câncer de ovário. As portadoras do primeiro gene apresentam 45% de possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer durante a vida; as portadoras do segundo gene têm 25%.

Há uma relação entre câncer de ovário e atividade hormonal feminina. Portanto, mulheres que não tiveram filhos nem nunca amamentaram, as que tiveram menopausa tardia ou câncer de mama, assim como as que têm parentes de primeiro grau com câncer de ovário apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença.

Sintomas

A maioria das mulheres com câncer de ovário não apresenta sintomas até a doença atingir estágio avançado. Nesse caso, os mais característicos são dor e aumento do volume abdominal, constipação, alteração na função digestiva e massa abdominal palpável.

Diagnóstico

Medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 (80% das mulheres com câncer de ovário apresentam CA 125 elevado) e ultrassonografia pélvica são dois exames fundamentais para estabelecer o diagnóstico da doença. A laparoscopia exploratória seguida de biópsia do tumor, além de úteis para confirmar o diagnóstico, permite observar se há comprometimento de outras regiões e órgãos.

Raios-X torácico, tomografia computadorizada, avaliação da função renal e hepática e exames hematológicos podem auxiliar no diagnóstico dos casos avançados.

Tratamento

Se houver suspeita de tumor de ovário, a paciente deve ser submetida a uma avaliação cirúrgica. Para câncer de ovário em estágio inicial, é preciso realizar o estadiamento do tumor por meio de cirurgia e promover a remoção do útero e ovários. Em estágios avançados da doença, é possível aumentar a taxa de sobrevivência com a remoção agressiva de todos os tumores visíveis.

Exceção feita às mulheres portadoras de câncer de ovário de baixo grau em estágio inicial, as pacientes devem ser submetidas à quimioterapia após a cirurgia. Elas podem contar com vários regimes de quimioterapia disponíveis, como a combinação de cisplatina ou carboplatina com paclitaxel, que oferecem taxas de resposta clínica de até 60%, 70%.

Recomendações

* Consulte o ginecologista regularmente, já que o câncer de ovário pode não causar sintomas até atingir um estágio avançado;

* Controle o peso e evite alimentos gordurosos, pois há estudos que indicam uma relação entre obesidade, alto consumo de gordura e câncer de ovário;

* Faça exames clínicos e ultrassonografias com mais frequência, se tiver um parente de primeiro grau com história de câncer de ovário e/ou de mama;

* Respeite as datas dos retornos ao ginecologista, especialmente se você faz terapia de reposição hormonal; nesse caso, é maior o risco de a mulher desenvolver câncer de ovário;

* Passe por avaliação ginecológica regularmente, se você tem mais de 40 anos. O prognóstico é sempre melhor, quando a doença é diagnosticada precocemente.

1 Comentários

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  1. Olha meu amigo, aqui em Tarauacá, como em quase todo o Brasil, os 90% ou mais dos médicos, deveriam ser chamados de açougueiros de gente. Eles ganham um bom salário, se comparado a outras profissões sublimes como a de professor, mas se acham donos da vida. A pessoa chega ao hospital e/ou postos de saúde ultrassensível, precisando de atenção, confiando sua saúde e sua vida a eles e o que recebem em troca é indiferença, patadas e no máximo uma injeção de dipirona, de diclofenaco, etc. Sequer eles fazem o teste para saber se a pessoa tem alergia àqueles remédios.

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