Escutas telefônicas apontavam que quadrilha presa no Acre se intitulava G-7

Após os 15 mandados de prisão cumpridos na manhã desta sexta-feira em Rio Branco (AC), a Polícia Federal no Acre informou que as empresas envolvidas no esquema de desvio de dinheiro público se autointitulava G-7, o que motivou o batismo da operação policial de G-7.

Veja lista dos presos na operação G-7, da PF

Carlos Sasay – Empresário, presidente da FIEAC
João Francisco Salomão – Empresário, ex-presidente da FIEAC
Carlos Afonso Cipriano – Empresário da Construção Civil
Assurbanipal Mesquita – Diretor de Desenvolvimento Urbano da PMRBo
Jose Adriano – Empresário, proprietário da Mav Construções
Marcelo Chance de Nees – Servidor público
Sergio Nakamura – Ex-diretor do Deracre e empresário da construção Civil
Vladimir Câmara Thomas – Empresário da construção civil
Gildo Cesar Rochar – Diretor do Depasa
Wolvenar Camargo – Secretário de Obras do Estado
Aurélio Cruz – Ex-secretário de Habitação do Acre
João Braga filho
Narciso Mendes Filho – Empreário da construção civil
Tshuyoshi Murata – Empresário da Construção civil
Thiago Paiva – Diretor de Analise Clínicas da Secretaria Estadual de Saúde

Segundo o superintendente da PF no Acre, Marcelo Salvio Rezende, o grupo se revezava no ganho das licitações para obras executadas pelo governo estadual. De acordo com ele, o esquema pretendia até ampliar o número de empresas envolvidas, chegando até a G-8 ou G-9.

Os presos serão indiciados por desvio de verbas públicas, crime contra a ordem econômica por formação de cartel, falsificação de documentos, peculato, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

A polícia afirma que o governo chegou a pagar por serviços não executados pelas empresas. Uma das atuações da quadrilha era o programa “Ruas do Povo”, de pavimentação de ruas nos 22 municípios acrianos. O programa era capitaneado pelo diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Gildo César, preso pela PF.

De acordo com o superintendente, o grupo mostrava interesse em participar das licitações da Cidade do Povo, maior programa habitacional executado pelo governo Tião Viana (PT) com custo orçado em R$ 1 bilhão.

“As empresas se aliaram numa espécie de cartel para dominar o mercado e afastar a concorrência. Com isso o grupo consegue dominar praticamente todas as licitações”, afirma Rezende.

“As investigações constataram que o grupo tem ramificações na estrutura do governo do Estado.” O delegado afirma que os funcionários públicos presos na operação atuavam em benefício do esquema. Todos os seis contratos analisados até agora são referentes ao Ruas do Povo. “Algumas obras [do Ruas do Povo] não foram concluídas mas pagas.”

Deste levantamento inicial, a PF constatou desvios de R$ 4 milhões que as investigações apontam ter ficado com um das sete empreiteiras. Com a apreensão de computadores e documentos em órgãos públicos e nos escritórios das empresas acusadas, a polícia afirma que terá uma dimensão melhor da atuação do grupo e os danos causados ao erário.

A Gazeta.Net
AC24Horas

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