A saudade da família é um dos maiores castigos para as crianças abandonadas
Eles chegam ao abrigo por três portas: abandono, negligência e violência. Para sair do abrigo, existe apenas uma: a adoção. Encontrar essa porta é o grande desafio na vida de centenas de crianças, cujos destinos transformam-se numa incógnita depois de serem abandonados por suas famílias biológicas.
Em Rio Branco, o Educandário Santa Margarida, Organização Não Governamental (ONG) fundada há 70 anos, continua sendo o destino de dezenas e dezenas de crianças abandonadas à própria sorte, e que buscarão a porta da adoção para garantirem o direito constitucional de ter uma família, como determina a Lei nº. 12.010/2009.
A lei da adoção, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 03 de agosto de 2009, alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) visando garantir a prática da convivência familiar como direito fundamental destes menores, e é considerada um marco positivo no assunto.
No entanto, mesmo diante dos avanços no tocante à legislação vigente, as pessoas que tratam diariamente com crianças e adolescentes, em abrigos, revelam que ainda estão diante de uma grande batalha para fazer o sistema funcionar a contento.
Se é difícil para os profissionais envolvidos no trato com crianças abrigadas em busca de adoção, ainda mais doloroso é para as próprias crianças que desde a tenra idade lutam para obter um lar digno.
Os percalços no alcance desta porta de saída, a adoção, torna o caminho cruel, demorado e moroso, fazendo com que muitas delas gastem os seus melhores anos, durante a infância, morando em abrigos.
No Acre, em busca de dirimir estes obstáculos no caminho da adoção, há 14 anos foi criado o Grupo de Apoio à Adoção do Acre (GEAAC), atualmente presidido pela psicóloga Valeska Menezes.
O grupo tem como principal parceiro o Ministério Público do Estado do Acre. O GEAAC foi fundando em 1998 pela procuradora de Justiça Kátia Rejane Guimarães, pelo assessor jurídico do Ministério Público do Estado do Acre, Moisés Alencastro e pela psicóloga Valeska Menezes, atual coordenadora do grupo.
"O nosso apoio principal, em se falando de parceria, vem do Ministério Público, pela estrutura e credibilidade da instituição no tocante a questões tão delicadas como é o caso da adoção", diz Valeska.
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