O horário de verão, que começa no próximo domingo (21), poderá evitar gastos estimados em R$ 3 bilhões na construção de novas usinas térmicas a gás, que seriam necessárias para garantir a segurança do suprimento de energia no horário de pico, se não houvesse a medida. “Se não houvesse redução da demanda, o país teria que instalar usinas para atender às necessidades. Então, não instalando usinas, os investimentos deixam de ser feitos”, disse hoje (17) o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.
Segundo ele, a mudança de horário proporciona um ganho considerável para a segurança do sistema elétrico brasileiro. “Menor demanda implica maior segurança para o sistema, que não fica tão 'estressado'. Há também maior flexibilidade operativa para liberar instalações para manutenção e redução da geração de energia térmica para atender a esse consumo”, explicou o secretário.
De acordo com expectativas do governo, com a adoção do horário de verão, será evitado um gasto de R$ 280 milhões com o acionamento de usinas térmicas neste ano para suprir a demanda no horário de pico. Segundo Grüdtner, a redução da demanda de energia no horário de pico neste ano deve ser de cerca de 4,5%, o que representa 2,2 mil megawatts. A redução total de consumo deverá ser de 0,5%.
Neste ano, o estado do Tocantins adotará o horário de verão pela primeira vez. A Bahia, que aderiu ao sistema no ano passado, vai ficar de fora. Segundo Grüdtner, o governo baiano pediu a retirada por causa da rejeição da medida pela sociedade. O horário de verão é adotado em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O horário de verão começa no próximo domingo (21), quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora, e termina no dia 17 de fevereiro. A medida é adotada sempre nesta época do ano, quando os dias são mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser mais bem aproveitada.
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Edição: Nádia Franco