Mais de 500 carteiras de habilitação foram fraudadas pela quadrilha que atuava no Departamento Estadual de Trânsito no Acre (Detran). Nesta segunda-feira, 11, 27 mandados de prisão foram cumpridos. Outras pessoas estão sendo investigadas. A fraude ocorria em Rio Branco e em mais dois municípios.
Além das fraudes das CNHs, a quadrilha roubava documentos de dentro do Detran para fraudar documentos de veículos e retirava multas do sistema de Trânsito indevidamente.
Faziam parte da quadrilha, um policial civil, três policiais militares, três funcionários do Detran, nove instrutores de autoescolas e uma psicóloga. Todos estão cumprido prisão preventiva e são acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos, inserção de informações falsas no sistema de informação do Detran, além de outros crimes previstos no Código Penal.
As investigações começaram no ano passado por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado, que envolve Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Civil, Polícia Militar, Detran e outros órgãos de segurança. A operação foi batizada de Operação Tentáculos.
“No momento em que suspeitamos das fraudes procuramos a Polícia Civil e o MPE para as providências necessárias. As investigações começaram e hoje chegamos a todos os envolvidos”, disse a diretora do Detran, Sawana Carvalho.
Ela também destacou a importância das fiscalizações de trânsito para ajudar a combater a corrupção. “Nas operações, nos últimos dez meses, apreendemos veículos com vestígios de furtos de outros estados e com facilitação de documentos expedidos”, comentou.
Em entrevista coletiva nesta manhã, na seda da Polícia Civil, o delegado Alcíndio Júnior disse que vários documentos foram encontrados com os acusados durante o mandado de prisão. Sete computadores foram recolhidos, R$ 7 mil e cheque de R$ 1 mil estavam na posse de funcionário de uma despachante de veículos.
“Não temos o número exato de carteiras que foram expedidas, mas sabemos que foi superior a 500. Vamos investigar as pessoas que compraram as carteiras para serem ouvidas”, disse o delegado.
fonte: agazeta.net