De acordo com pesquisa divulgada pelo Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), os jovens brasileiros se interessam por política, apesar de envolverem pouco em partidos e movimentos sociais. Mesmo assim, 65% deles, procuram se informar sobre política e 85% entendem que é preciso abrir canais de diálogo entre os cidadãos e o governo. Apenas 4,3% dos jovens brasileiros se dedicam a atividades político-partidárias.
Mostrar à juventude que praticamente tudo na vida envolve política, foi o desafio enfrentado pela deputada federal Perpétua Almeida nesta sexta-feira (25).
A parlamentar encarou uma platéia de 1.200 estudantes das três séries do segundo grau, da escola estadual Heloísa Mourão Marques, em duas sessões.
Atendendo convite dos professores, Perpétua falou sobre juventude e ética na política. A música E vamos à luta, de Gonzaguinha deu o tom ao que foi denominado de “aula diferente”.
Com a ampla participação dos estudantes, a deputada discorreu sobre a necessidade de organização política (não necessAriamente partidária), como forma de garantir melhorias na comunidade e desafiou os estudantes relembrando que o Brasil teve um imperador de 14 anos de idade (D. Pedro II) e a independência decretada por um jovem de 23 anos (D. Pedro I): “Quando a gente não discute, não debate, não sabe o que quer, é porque não sabe que rumo tomar, e quem não sabe que rumo tomar se limita a seguir o rebanho. Nós somos racionais, podemos e devemos fazer uso dessa faculdade, porque afinal se o posto de saúde do bairro não funciona, a escola não tem quadra de esportes, o ônibus no qual eu venho para a escola não passa na hora, tudo é política e depende de nós nos mobilizarmos e exigirmos o tratamento adequado”.
A semente caiu em terreno fértil. Os membros do Grêmio Estudantil pediram o auxílio da deputada que marcou uma reunião com eles.
A palestra fez um retrospecto dos movimentos mundiais como o Occupy Wall Street , a Primavera Árabe e a luta dos estudantes chilenos por educação pública e utilizou frases de Che Guevara e partes do Estatuto da Juventude. Parodiando a música “Eu vou à luta” de Gonzaguinha, Perpétua disse: “ Eu vou à luta é com essa juventude que não corre da raia, porque juventude não combina com comodismo. Por isso faço um desafio vamos melhorar Rio Branco, o Acre e o Brasil?” (Assessoria)