SERINGAL - Isaac Melo


Às margens do Rio Acre
a recordar o meu Tarauacá
sentir um aperto no peito
ao ver as águas a galopar
sob o corcel de um repiquete
e por um momento juro que vi
enquanto gorjeava o canoro Bem-te-vi
os navios gaiolas a atracar
uma multidão a acenar
outras a chorar...
vi balsas de borracha
vi regatão
vi seringueiros
vi batelão
vi catraieiros
pra lá e pra cá...
vi o banzeiro
e o remo a fazer
chuá, chuá...
À minha saudade que vive a vagar
por entre igapós e matagal
vou abrir seringal
onde possa enfim descansar...

* Versinhos dedicados à Leila Jalul, Luísa Lessa e Simone Bichara.
** Foto Araújo - Rio Branco em Heróis do Acre.

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