Rio Branco vai ter, a partir deste ano, a primeira escola em tempo integral do Estado. A informação foi dada na última quarta-feira, 11, pelo secretário de Educação estadual, Daniel Zen, durante entrevista concedida ao jornal A Tribuna. A instituição de ensino em questão é a Maria Chalub Leite, localizada no bairro Nova Estação.
“Vamos implantar essa experiência na Maria Chalub Leite, que tem capacidade para 900 alunos e historicamente tem recebidos matrículas de 350 a 400 alunos/ano. Vamos duplicar a jornada desses alunos porque a escola comporta. Em outras escolas isso não pode acontecer porque muitas estão com a capacidade máxima preenchida e funcionando no limite”, disse o secretário, ao ser questionado sobre a aplicação da Educação Integral na rede pública de ensino do Estado.
Zen falou sobre a execução da modalidade no Acre, que tem contribuído para a evolução do setor educacional e na qualidade do ensino estadual.
“A Educação Integral é uma realidade na rede pública de ensino do Acre há alguns anos. São atividades complementares que compõem carga horária extra, além da jornada regular de 4h diárias. Para ser considerado aluno em tempo integral, o estudante deve somar 15h a mais às 20h semanais comuns da jornada regular”, explicou.
O secretário afirmou que 2011 foi o primeiro ano em que os alunos de tempo integral foram cadastrados no censo escolar do Ministério da Educação e Cultura (MEC). E destacou a inclusão de uma nova hora obrigatória, somando-se às 4h já existentes no currículo do Ensino Médio.
“A equipe do MEC veio aqui, analisou as atividades para saber se caracterizava Educação Integral e avalizou. Nosso grande desafio agora é promover a integração das atividades complementares com as curriculares. Devemos anunciar nas próximas semanas a alteração no currículo do Ensino Médio, onde será introduzida uma quinta hora obrigatória. Com essa inovação, não só será ampliada a carga horária das disciplinas que já existem no currículo como serão regulamentadas as atividades complementares, hoje consideradas extracurriculares. Isso deve proporcionar regularidade, controle e praticidade na distribuição da jornada. Com essa quinta hora, vamos passar de 800h/aulas/ano em 200 dias letivos, para 1080h/aulas/ano. Mas isso, somente no Ensino Médio. O Ensino Fundamental não terá alterações”, esclareceu.