Pessoas humildes são mais úteis, ajudam mais: Os pesquisadores também estão interessados em descobrir como cultivar a humildade.

Segundo uma nova pesquisa, alguns tipos de personalidade são mais generosos do que outros. Por exemplo, pessoas humildes são mais dispostas a oferecer uma mão amiga do que os arrogantes.

Os pesquisadores explicam que pessoas humildes são mais “pé no chão” do que as pessoas arrogantes, mas isso não significa que elas pensam mal de si mesmas. “Na verdade, ao invés de serem inseguras ou reservadas, pessoas humildes parecem ser caracterizadas por uma visão precisa de si, compreendendo seus pontos fortes e fracos”, disse o pesquisador LaBouff Jordan.

O estudo acrescenta a pesquisas anteriores sobre o lado positivo da humildade. Por exemplo, uma pesquisa descobriu que pessoas humildes se tornam líderes mais eficazes e mais adorados.

No primeiro dos três estudos, 117 participantes indicaram seu nível de humildade e disponibilidade. Eles também completaram um questionário sobre os cinco grandes traços de personalidade, que são cinco atributos básicos que descrevem o espectro da personalidade humana: a abertura (vontade de explorar coisas novas), a consciência (tendência para a autodisciplina), a extroversão (exuberância social), a afabilidade (compaixão e cuidado para com os outros) e neuroticismo (tendência a experimentar emoções negativas).

“O único outro traço de personalidade que tem mostrado qualquer efeito no comportamento de ajuda é a afabilidade, mas descobrimos que a humildade ajuda mais e além”, disse LaBouff.

Pessoas humildes tendiam a dizer que eram úteis e disponíveis a ajudar. Os resultados se mantiveram mesmo quando os pesquisadores contaram com outros fatores de personalidade, como afabilidade, que poderiam impactar a utilidade.

Para certificar-se de que os resultados eram precisos e que os voluntários não exageraram ou esconderam sua humildade, a equipe fez outros testes utilizando uma medida implícita de humildade.

Por exemplo, 90 alunos ouviram uma gravação de um estudante fisicamente machucado que nem sempre conseguia ir as aulas. Em seguida, os participantes ficaram sabendo de que a gravação poderia ser transmitida na estação de rádio campus.

Cada participante indicou quantas horas durante as próximas três semanas estaria disposto a reunir-se com o estudante para ajudá-lo. Aqueles que pontuaram mais alto na humildade ofereceram mais tempo para ajudar do que os alunos menos humildes.

Em seguida, 103 participantes completaram relatórios “implícitos” de humildade. Por exemplo, os estudantes tinham de associar o mais rapidamente possível certos traços a si mesmos, com características humildes (humilde, modesto, tolerante, pé no chão, respeitoso, mente aberta) e palavras associadas com arrogância (arrogante, desonesto, egoísta, vaidoso) envolvidas na lista.

Novamente, os pesquisadores descobriram que mais humildade estava ligada a mais comportamentos de ajuda. “Há várias razões pelas quais a humildade pode levar a um comportamento mais útil”, disse LaBouff. “Um aspecto da humildade é autofoco relativamente baixo. Pessoas humildes podem ter mais tempo, recursos e atenção voltados a quem necessita”, explica.

Os pesquisadores também estão interessados em descobrir como cultivar a humildade. “Se conseguirmos aumentar a humildade, seja a curto ou longo prazo, poderemos ser capazes de aumentar os comportamentos pró-sociais”, disse LaBouff.

Além disso, os cientistas querem saber, no futuro, se a humildade é benéfica em outros contextos, tais como avanços médicos e científicos ou desenvolvimento de liderança.

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