A Corte Eleitoral do Acre retomou o julgamento da representação contra o deputado estadual Walter Prado, em sessão que iniciou na tarde desta segunda-feira, 28, e se estendeu pela noite.
A relatora, juíza Alexandrina Melo, acatou o pedido proposto pelo Ministério Público Eleitoral, votando pela cassação imediata do mandato do deputado, com aplicação de multa estipulada em 50 mil UFIR, pela prática de captação ilícita de sufrágio (compra de voto).
Após o voto da relatora, os juízes Glenn Kelson, Júnior Alberto Ribeiro e José Augusto Fontes votaram pela improcedência da representação, sob a justificativa de que as provas são frágeis e insuficientes para tal penalidade.
No momento de proferir o voto, a vice-presidente em exercício, desembargadora Eva Evangelista pediu vista dos autos para ter acesso a todos os vídeos citados no relatório, com diálogos entre a Polícia Federal e os eleitores que supostamente tiveram seu voto comprado em 2010.
Trechos do material produzido a época dos fatos foram exibidos durante a sessão pela defesa do representado, que pediu à Corte que votasse pela improcedência da ação, justificando que todos os eleitores interrogados pela Polícia Federal sofreram coação.
O pedido de vista da vice-presidente foi acatado e por essa razão o julgamento foi suspenso e deverá ser retomado na próxima semana. Além do voto da vice-presidente, será ouvido na continuação do julgamento o voto do juiz Roberto Carlos Oliveira.