O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Acre (Seebac) deu início ontem à campanha salarial da categoria. Foi oferecido ainda um café da manhã no Hotel Pinheiro para comemorar o Dia do Bancário.
A direção do sindicato está visitando a maioria dos municípios acreanos onde há Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para mobilizar os funcionários, em busca de reajuste dos salários e outras reinvindicações.
Em sintonia com o Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo, o sindicato espera que até o fim de setembro as negociações com os bancos sejam bem-sucedidas, caso contrário terá de apelar para greve, de acordo a presidente do Seebac, Elmira Farias.
“Teremos várias rodadas de negociações. A cada uma, temos um assunto para debater. Queremos combinar mobilização e negociação para sensibilizar os bancos acerca da importância de atender nossos pedidos”, explicou.
A categoria cobra reajuste salarial de 12,8% (aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%), piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), PLR de três salários mais R$ 4.500, plano de cargos e salários, mais contratações, fim da rotatividade e terceirizações, das metas abusivas e do assédio moral e a redução de juros.
Na segunda-feira, a primeira rodada de negociações do Comando Nacional dos Bancários foi discutir questões relacionadas à igualdade salarial entre homens e mulheres, discriminação no trabalho, inclusão de deficientes físicos e respeito à orientação sexual. A segunda ocorre nos dias 5 e 6 de setembro, envolvendo saúde e condições de trabalho. A terceira, no dia 13 de setembro, sobre remuneração.
Sindicalista critica lei que proíbe uso de celulares em bancos
Elmira Farias disse que o projeto de lei que foi aprovado no mês passado pelos deputados estaduais que proíbe uso de celulares em agências bancárias prejudica os clientes. O PL foi proposto pelo deputado Walter Prado (PDT) e votado no mês passado.
A sindicalista avalia que a medida não resolve o problema de assaltos e limita a comunicação das pessoas. A melhor forma, segundo ela, seria implantar biombos que dificultem a visão das operações realizadas e reduzir ou isentar clientes de tarifas para transferência eletrônica. (PÁGINA 20)