O médico passou quatro dias no Acre gravando conteúdo para o próximo quadro do Fantástico, programa exibido pela Rede Globo aos domingos, que falará sobre os diversos tipos de hepatites. Um quadro semelhante está no ar, abordando o tema diabetes.
Varella visitou a aldeia Nova Esperança, no Rio Gregório, em Tarauacá, do povo indígena Yawanawá. Varella já gravou na Paraíba, numa cidade chamada Teixeira, que registra altos índices de hepatite A, a hepatite que está relacionada ao subdesenvolvimento e falta de saneamento básico. A equipe também já passou pela Bahia e agora segue para Santa Catarina.
A hepatite A é curável e o tratamento dura, em média, seis meses. Os tipos B e C são transmitidos por contato com sangue contaminado (agulhas, seringas, alicates de unha) ou contato sexual. O que trouxe a equipe do doutor Drauzio Varella à Amazônia foi um dado específico: na Amazônia existe um tipo raro da hepatite, que não ocorre em outras regiões do Brasil: a delta. “É um vírus defeituoso que, sozinho, não produz efeito. Mas, se ele infectar uma pessoa que já tem o vírus da hepatite B, a doença se torna muito mais agressiva. Nós vimos um caso desse na aldeia, um índio com 12 anos de idade que já desenvolveu cirrose”, explicou.