Os cofres públicos do Estado do Acre desembolsam por ano R$ 4,7 milhões com pagamento de pensão a ex-governadores. São 16 os beneficiários e cada um deles recebe a bagatela de R$ 24.117,62 por mês. O dispêndio mensal na folha de pagamento somente para os ex-governadores fica na ordem de R$ 385.881,92.
Saiba quem foram e quem são estes governadores e o período em que governaram o Estado. A pensão de ex-governador do Acre foi extinta no governo de Orleir Cameli e retornou na gestão de Jorge Viana. Veja abaixo:
Aníbal Miranda (15 de junho de 1962 a 1º março de 1963)
Aníbal Miranda assumiu o governo provisório do mais novo Estado da federação brasileira, quando Rui Lino deixou o cargo para concorrer às primeiras eleições realizadas em 1962. Seu período foi marcado pela transformação do Acre de Território em Estado.
José Augusto de Araújo (1º de março de 1963 a 25 de março de 1963)
José Augusto foi o primeiro Governador Constitucional do Estado do Acre. Foi deposto pelo golpe militar de 64, pois era um ativista político do PTB e exercia um comportamento considerado “comunista”, postura intolerada pelos militares.
Edgard Cerqueira (25 de março de 1963 a 12 setembro de 1966)
Edgard Cerqueira, um capitão do exército, que era comandante da 4ª Companhia de Fronteira no Acre, foi indicado para substituir o governador José Augusto. Sua carreira como gestor não atingiu o destaque esperado, pois tinha o perfil mais próximo do comando militar do que como governante.
Jorge Kalume (19 de setembro de 1966 a 15 de março de 1971)
Jorge Kalume: governou pela ARENA, em plena Ditadura Militar, graças ao fato de que era um político de renome regional e também militante do PDS, que, logo após o golpe com o bipartidarismo, transformou-se em ARENA, e era o partido de sustentação da Ditadura.
Francisco Wanderley Dantas (15 de março de 1971 a 15 de março de 1975)
Francisco Vanderlei Dantas governou pela ARENA. Ele não teve apoio, por parte dos políticos locais, quando colocou seu nome ao cargo majoritário. Teve em seu favor o grande prestígio que obteve quando foi deputado federal e elaborou um projeto de alfabetização, que lhe consagrou como político. Este projeto foi de grande repercussão nacional, sendo conhecido na época como MOBRAL.
Geraldo Gurgel de Mesquita (15 de março de 1975 a 15 de março de 1979)
Geraldo Gurgel de Mesquita governou pela ARENA. Foi um dos gestores que mais se destacaram no contexto histórico político do Acre. Divergiu da política econômica de seu antecessor. Mesquita traçou um plano impedindo a entrada dos grileiros e especuladores de terras no Acre e deu incentivos financeiros e até terras aos pequenos e médios produtores agrícolas.
Joaquim Falcão Macedo (15 de março de 1979 a 15 de março de 1983)
Joaquim Falcão Macedo: governou pela ARENA. No início de sua gestão, tentou dar continuidade à política de Mesquita, continuar incentivando os PAD’s e os PROBOR’s que ajudavam o homem do campo. Não conseguiu, entretanto, porque o presidente João Figueiredo tinha outras orientações.
Nabor Teles da Rocha Júnior (15 de março de 1983 a 14 de maio de 1986)
Nabor Teles da Rocha Júnior: eleito em 1982 pelo PMDB; Nabor Júnior foi o primeiro governador eleito em 1982 pelo PMDB, após vinte anos de Ditadura Militar. Desenvolveu um governo íntegro. Renunciou ao cargo para concorrer às eleições ao senado federal, tendo sido eleito pela maioria dos votos.
Iolanda Lima Fleming (15 de março de 1986 a 15 de março de 1987)
Iolanda Lima: era vice-governadora de Nabor Júnior. Assumiu o governo por um período de menos de 1 ano, em 1986, pelo PMDB; Iolanda Fleming foi a primeira mulher no Brasil que exerceu cargo de governadora.
Flaviano Flávio Baptista de Melo (15 de março de 1987 a 2 de março de 1989
Flaviano Melo: eleito em 1986. Segundo governador eleito pelo PMDB. Na década de 80, ele havia sido prefeito da cidade de Rio Branco, cargo no qual fez uma excelente administração, dando-lhe a chance de eleger-se governador do Acre. Hoje, Flaviano continua sendo um dos caciques do PMDB, partido pelo qual milita.
Édison Simão Cadaxo (2 de março de 1989 a 15 de março de 1991)
Edson Caxado: era vice-governador de Flaviano Melo. Assumiu o governo por um período de menos de 1 ano, em 1990, pelo PMDB. Em sua passagem pelo governo, sua gestão não foi de grandes realizações, mas merece destaque pela maneira honesta com que governou.
Edmundo Pinto de Almeida Neto (15 de março de 1991 a 17 de maio de 1992)
Edmundo Pinto: eleito em 1990, após acirrada disputa com o candidato do PT, Jorge Viana.. Edmundo Pinto surgiu como a solução para os problemas do Acre. Traçou suas metas de trabalho em torno da pavimentação da BR-364 e da construção de um grande canal de saneamento sanitário que beneficiaria a população de Rio Branco. Foi assassinado em 17/05/92.
Romildo Magalhães da Silva (17 de maio de 1992 a 31 de dezembro de 1994)
Romildo Magalhães: era vice-governador de Edmundo Pinto. Com a morte do titular, assume de 1992 até 1994. Romildo inaugurou a grande obra esperada pelos acreanos que foi a pavimentação da BR-364. Com esta rodovia, o Acre saiu do isolamento e passou a integrar o eixo rodoviário com os estados do centro-sul.
Orleir Messias Cameli (1º de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 1998)
Orleir Cameli: eleito em 1994, assumiu o governo em 1995, pelo trabalho que tinha desenvolvido em Cruzeiro do Sul, enquanto prefeito. Orleir, apesar de não ser conhecido politicamente, era um empresário bem sucedido que se enquadrava no perfil do candidato do povo acreano, muito conservador.
Jorge Viana (1º de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2006)
Jorge Viana: engenheiro florestal, foi o primeiro governador e único governador do Acre a exercer dois mandatos depois que foi instituído o instrumento legal da reeleição. Ele entrou para a história como o governador acreano que ficou mais tempo no poder: oito anos. Deu novos rumos à economia do Acre.
Binho Marques (1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2010)
Binho foi o sucessor de Jorge Viana, de quem era o secretário estadual de Educação. Técnico competente, sua administração foi marcada por grandes obras. Manteve sempre uma postura discreta e nunca foi muito chegado às badalações da imprensa.
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Eu acho que quem se dedicou parte da vida aos fazeres do estado devem ser reconhecidos pelo tal serviço, no entanto creio que os valores são alto, mais é preciso entender que as pessoas já alcançaram certo padrão de vida não terão como voltar a vidinha miseravel de antes!
ResponderExcluirLeito
ResponderExcluirEu acho que quem se dedicou parte da vida aos fazeres do estado devem ser reconhecidos pelo tal serviço. kkkk
Me poupe desse tipo de comentários, eles passam de 4 a 8 anos roubando nossos cofres públicos, e ainda tem quer ser reconhecidos. Quem tem que ter reconhecimento, são aquelas pessoas que trabalham uma vida inteira, tendo obrigatoriamente que prestar 35 anos de serviço, para receber uma aposentadoria miserável de dois salários mínimos. Vamos acordar para a realidade, e lutar contra esses abusos.
Esse tal de Editor, só pode ser doido, que raciocínio mais imbecil.
ResponderExcluirJá não basta o que roubam quando estão no poder.