O líder do governo na Aleac, deputado Moisés Diniz (PCdoB), convocou entrevista coletiva ontem para anunciar que, a partir de agora, é candidato a presidente da mesa diretora da Aleac. O deputado disse que não poderia haver acordo algum para que retirasse sua candidatura, já que ela nunca havia sido posta. “Mas, desde que um jornal publica que eu retirei minha candidatura, sou obrigado a dizer que agora sou candidato”, afirmou.
Moisés comentou que dois deputados - Helder Paiva (PR) e Luis Tchê (PDT) - procuraram a imprensa e se posicionaram como candidatos. “Meu nome foi fluindo naturalmente através da imprensa, dos servidores e dos deputados, mas eu nunca me coloquei como candidato”, afirmou. “Agora vou procurar as lideranças da Frente Popular, o senador e futuro governador Tião Viana, o senador eleito Jorge Viana e o presidente da Casa, deputado Edvaldo Magalhães, que é um dos principais líderes da Frente.”
O parlamentar lembrou que o regimento interno da Aleac prevê que o mandato da mesa diretora é de dois anos e não de quatro, portanto, não poderia haver acordo entre deputados para que cada um presidisse a casa por dois anos, como foi noticiado na imprensa. Pelo suposto acordo veiculado, Moisés abriria mão da presidência para que o deputado Helder Paiva fosse eleito para um período de dois anos, deixando os dois anos seguintes para o comunista.
“Não pode haver acordo baseado numa conjuntura, pois até 2013 muita coisa pode mudar e impedir que esse acordo seja cumprido. Portanto, serei candidato para um mandato de dois anos e o mandato seguinte vai ser decidido em nova eleição”, afirmou.
Por outro lado, Moisés lembrou que a Aleac está em seu momento da votação mais importante do ano legislativo, que é o Orçamento Geral do Estado. “Ficar discutindo eleição da mesa diretora nesta ocasião é um desrespeito ao eleitor”, comentou. O deputado adiantou que a eleição da mesa só vai começar a ser discutida no âmbito da Frente Popular depois do encerramento do ano legislativo, dia 16 deste mês.
Moisés Diniz lembrou que a mesa diretora deve ser composta por blocos políticos e não por pessoas, por isso a candidatura deve ser posta a partir de um consenso entre os dirigentes da Frente Popular. “Depois de um amplo consenso em que a Frente Popular indique um candidato, sou intransigente na defesa de que esse candidato deve procurar a oposição para que seus representantes também possam compor a mesa”, afirmou.
Para Moisés, além de ser eleito em consenso, o futuro presidente da Aleac tem como maior responsabilidade ampliar o trabalho realizado pela administração de Edvaldo Magalhães. “Com todo respeito, este prédio estava em estado bastante precário na primeira vez que entrei na Aleac. Hoje, além da mudança do espaço físico, o Edvaldo mudou o conceito de conduzir um Poder Legislativo, levando a Aleac para os municípios e fortalecendo o processo de integração interna do Acre e externa com o Peru e a Bolívia.”
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