Artigo: Por que NÃO adestrar o seu marido?


Outro dia estava navegando na Internet e encontrei um vídeo interessante sobre um assunto que não é, digamos, démodé, mas é abordado o tempo todo nos reality shows da TV. Chama-se "Treinando Seu Homem" ou "Como Adestrar Seu Marido". Nele, a repórter associa, de maneira divertida, o comportamento masculino ao de um cão. E a treinadora, no caso, é a esposa. Hilário. Na qualidade de entretenimento é muito bom. Na vida real, entretanto, seria uma péssima experiência: esse tipo de relação não funciona. Um dos dois certamente perderia o tesão ou a espontaneidade.
A imagem da nova mulher que trabalha, cuida dos filhos, sai com as amigas, lembra de todos aniversários, festas e datas comemorativas da família e, além de tudo isso, ainda adestra o marido, é estereotipada, uma mistura de Lara Croft com as heroínas do seriado Sex and the City. Quando um tenta dominar o outro numa relação, seja o homem ou a mulher, ela se enfraquece e se dissolve.
É fato que a mulher moderna agregou características masculinas que antes pertenciam apenas ao mundo masculino: sexo casual, o direito de beber e fumar sem sentir-se julgada, ter estresse com o excesso de trabalho... Por outro lado, o homem moderno, para se adaptar à nova sociedade, acabou adquirindo características femininas. A figura do machão cafajeste broxou e deu lugar a um sujeito mais sensível que fofoca com os amigos, assiste às novelas, cozinha, aceita a individualidade da parceira com segurança, preocupa-se com o prazer sexual dela e pensa em construir um futuro a dois.
O que mantém vivo o casamento nos tempos atuais é o respeito mútuo entre os parceiros. As transformações pelas quais homens e mulheres vêm passando na última década devem agregar à relação e não o contrário. Quando o homem absorve características da mulher e ela, por sua vez, exerce o lugar que antes era exclusivo dos homens, existe uma soma de competências e os dois saem ganhando, pois dividem a felicidade das conquistas e se apoiam nos momentos difíceis, contribuindo, assim, para reforçar o laço afetivo.

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