O Ministério Público do Estado do Acre (MPE) recomendou ao Governo do Estado a fiscalização eletrônica dos condenados que recebam o benefício de saída temporária do estabelecimento penal. Essa medida deve ser tomada em no máximo 90 dias.
De acordo com a Secretária de Segurança, Márcia Regina, o Estado sabe que a implantação desse sistema poderá trazer benefícios para a sociedade. "Desde o ano passado o governo discute a implantação do sistema no Acre", confirma a secretária.
O objetivo da recomendação do MPE é a diminuição da violência e da criminalidade no Estado. A idéia é que o acusado ou condenado sejam fiscalizados por meio de equipamentos eletrônicos, como pulseiras ou tornozeleiras, já testadas em vários lugares do Brasil.
"Através desse monitoramento eletrônico a polícia pode agir certeiramente sob o acusado, impedindo que ele cometa novos crimes".
O governo do estado tem três meses para a aquisição de equipamentos necessários e treinamento especificou que o custo desses equipamentos fica entre R$ 600 a R$ 700 por preso monitorado.
"É um valor acessível e que vale a pena investir, visando a fiscalização do detento. Hoje não há qualquer tipo de controle a partir do momento que um preso ultrapassa os muros da penitenciária" confirma.
Ainda de acordo com a Secretária de Segurança essa medida é essencial para tranqüilizar a população e evitar que as pessoas tentem fazer justiça com as próprias mãos. "A violência atinge a todos, não podemos deixar que o espírito de vingança tome conta das pessoas".
Em outros países como a França, EUA, Inglaterra, Itália, Alemanha, Escócia o sistema é usado com sucesso. (Bruna Lopes)