Motoristas esperam horas no município de Feijó aguardando a Balsa que está sendo empurrada por pequenas embarcações de catraieiros, depois que o rebocador apresentou problemas. Existem suspeitas de que funcionários do Deracre possam está sabotando a embarcação em troca de folga.
A lentidão tem causado impaciência nos motoristas que pretendem chegar à Tarauacá e Cruzeiro do Sul, ou aqueles que trafegam em sentido contrário, são horas de espera nas duas margens do Rio Envira em Feijó. O motor do rebocador que empurra a balsa fornecida pelo Governo do Estado para fazer a travessia dos veículos está quebrado, para não suspender definitivamente os trabalhos, o que seria um caos, a embarcação está sendo movida por motores de baixa potência alugados de catraieiros.
O tráfego nesse período na BR-364 é intenso principalmente de veículos de carga. O caminhoneiro Raimundo Nonato que há dez anos viaja na rodovia durante o verão, diz que a demora para atravessar o Rio Envira já se tornou comum. “O descaso é tão grande que se comenta aqui entre os colegas de profissão que os próprios funcionários do Deracre, responsáveis pela travessia, são os culpados do motor do rebocador da balsa sempre estar com problemas. Dizem que quando não querem trabalhar, por um ou outro motivo, o comandante do rebocador faz uma manobra brusca de reversão e com isso quebra o motor”, revela o caminhoneiro.
Independente do que causa o problema, a balsa do Rio Envira é a que mais apresenta problemas no trecho entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco, segundo os relatos dos motoristas. Aos condutores dos veículos de pequeno porte ainda resta à alternativa de assumir os riscos e embarcar o carro em pequenas embarcações que fazem frete, diferente de caminhões, ônibus e outros veículos de grande porte que permanecem na fila.
Da redação do Tribuna do Juruá