Existem muitas pessoas que são envolvidas com o tráfico de drogas no Vale do Juruá, e há indícios veementes de pessoas cuja renda não condiz com os bens adquiridos e a riqueza ostentada. A exemplo da operação divisor que resultou na prisão de 30 indivíduos envolvidas no tráfico de drogas.
Segundo o delegado Elton Futigami é na mesma proporção o número de jovens viciados em entorpecentes que seguem o caminho natural de quem se envolve com o trafico, ou seja, a princípio são consumidores que com o passar do tempo sem ter de onde conseguir dinheiro para adquirir a droga se submetem a prática de outros delitos, geralmente crimes contra o patrimônio, dentre esses, furtos e roubos, podendo levar até a prática de tentativa de homicídios e homicídios.
A ostentação de riquezas ilícitas e a dificuldade da polícia em prender os grandes traficantes.
Em uma analise mais direcionada, Elton Futigami afirma ser curioso como moradores da região que não possuem renda ostentam bens não condizentes.
O delegado diz que a polícia encontra algumas dificuldades para conseguir provas concretas contra indivíduos com o perfil citado. Mas que o trabalho de inteligência, e investigação gera os resultados obtidos que estão colocando traficantes que atuam na distribuição de entorpecentes na prisão. “Assim a polícia civil tem desenvolvido um trabalho importante de combate ao narcotráfico nesta região. Valendo ressaltar que recentemente durante a operação “Divisor” realizada pela Polícia Civil do estado, através de um trabalho de inteligência, foi possível identificar, desarticular e prender várias pessoas suspeitas de envolvimento com o trafico de drogas que atuavam através de uma rede criminosa em pelo menos quatro municípios do estado. Para se ter uma confirmação do que detectamos, os bens apreendidos com nove pessoas presas suspeitas de tráfico de drogas, somente em Cruzeiro do Sul, ultrapassam R$ 800 mil” declarou Futigami.
A fronteira que favorece os narcotraficantes e a persistência das polícias
Para Elton Futigami o tráfico de drogas na região do Vale do Juruá funciona para muitas pessoas como única e exclusiva fonte de renda.
“Os grandes traficantes não sujam suas mãos e em algumas situações circulam na comunidade como pessoas acima de qualquer suspeita. Eles desenvolvem um sistema de “recrutamento” de mulas e jamais participam diretamente da negociação no varejo e permanecem na retaguarda oferecendo o suporte logístico e financeiro para a disseminação do negocio criminoso” afirmou
A autoridade policial também destaca que a maior dificuldade da polícia é vencer a extensa fronteira com o Peru ( país produtor de cocaína). “Temos levantamentos realizados pela inteligência da polícia que apontam as rotas do tráfico, sendo uma tarefa árdua desenvolver uma fiscalização eficaz, devido à enorme extensão da fronteira formada por florestas e rios da região, como já dito. Contudo vale ressaltar que a policial civil, militar e em especial a polícia federal têm intensificado a repreensão ao crime de tráfico, resultando de janeiro a maio deste ano na prisão de 24 pessoas e apreensão de quase 200 kg de cocaína, isso em apreensões em volumes superiores a 20 kg, sem contamos com as apreensões diárias de pequenas quantidades, já em processo de venda ao consumidor”. Declarou.
A população parceira da polícia no combate ao tráfico de drogas
Como principal prejudicada da ação criminosa resultante do tráfico de drogas, uma grande parcela da população tem contribuído com a polícia no combate ao trafico fazendo denuncias anônimas que imediatamente são investigadas.
“A comunidade é sem dúvidas a parceira ideal da polícia do combate ao tráfico de drogas. Aqui em Cruzeiro do Sul e cidades vizinhas já realizamos grandes apreensões que tiveram início através de denuncias anônimas. A sociedade tem consciência que um único traficante em um bairro trás malefícios para o interior das famílias, seja por viciar crianças e adolescentes, seja por absorvê-los no mundo do crime” afirmou o delegado.
Contatos para denúncias:
Em Cruzeiro do Sul 3322.2437 ( Delegacia Polícia Civil), ou ainda para 181 Central de denuncias da Polícia Civil em todo o Estado do Acre.