Soldados da borracha querem indenização por extrativismo durante a Segunda Guerra



Um grupo de ex-seringueiros que participou da produção de borracha na década de 1940 esteve nesta terça-feira (11) no Congresso Nacional para pedir ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, a votação em plenário de emenda que garante a indenização por extrativismo.
A Proposta de Emenda à Constituição 556 (PEC), de autoria da deputada do PCdoB amazonense Vanessa Grazziotin, prevê a concessão de uma pensão mensal de sete salários mínimos (cerca de R$ 3,5 mil) a quase 15 mil ex-seringueiros. Esses trabalhadores, que ficaram conhecidos como soldados da borracha, foram levados aos estados do Amazonas, Acre e de Rondônia para multiplicar a produção de borracha utilizada pelos Estados Unidos como matéria-prima durante a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com a relatora da PEC, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), a ideia da proposta é equiparar a situação dos ex-seringueiros à dos pracinhas de guerra, que conseguiram compensações por seu esforço.

“Na época da Segunda Guerra Mundial, o Brasil fez uma convocação para que os homens pudessem ajudar no esforço de guerra; uma parte deles era convocada para o front e outra parte era convocada para cortar seringa na Amazônia e ajudar os Estados Unidos a ter borracha, porque perdeu na época os seringais na Malásia. O fato é que os pracinhas de guerra conseguiram acordos importantes, e os soldados da Amazônia recebem uma ajuda de custo de um salário mínimo e meio. Eles sequer recebem o décimo-terceiro.”
De acordo com o presidente do Sindicato dos Soldados da Borracha de Porto Velho (RO), Claudionor Ferreira Lima, quando os trabalhadores foram requisitados para os seringais, havia um acordo entre os governos norte-americano e brasileiro que previa o pagamento de uma indenização aos seringueiros se os aliados vencessem a guerra. A guerra foi vencida, mas a indenização nunca chegou ao bolso dos trabalhadores.

“Isso começou em 1943. Já está com 67 anos. Naquela época, eram 60 mil homens: 50% morreu no seringal e foi enterrado lá mesmo. Dos 50% que ficaram, três partes já foram, tem a mínima parte. E agora a gente está cobrando esse direito adquirido por lei.”

Segundo o advogado dos seringueiros, Irlan Silva, os trabalhadores têm documentos que comprovam o período que ficaram na Amazônia, com a promessa de receber salário, assistência médica e condições de voltar para seu estado de origem, pois a maioria era do Nordeste. Mas, segundo Lima, as condições de trabalho eram precárias e cerca de 20 mil trabalhadores morreram no período. Ele acrescenta que muitos não retornaram e outros voltaram devendo dinheiro aos seringalistas.

Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

3 Comentários

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  1. amigo accioly essa foto desse dois homens trabalhado ficou de mais cara





    mais vc quer coloca o blog è século xxi ai na sua litas de blog ñ ?

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  2. tai o lirk do Blog século xxi

    http://leonardotk.blogspot.com/

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  3. Esses sim, merecem não só uma boa indenização como também os nossos mais honrosos aplausos, pois foram os heróis anonimos que o Brasil explorou sem nenhuma peidade.

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