A mãe da adolescente de 14 anos, acusada de envolvimento no sumiço do estudante Fabrício Augusto Souza Costa, 16 anos, desaparecido desde o dia 16 de março, revelou detalhes de como o garoto teria sido morto. Segundo ela, a filha teria confessado participação no crime e dito que Fabrício foi assassinado em um ritual de magia.
A mãe da menor afirma que a filha já teria contado em depoimento à polícia detalhes de como aconteceu a morte de Fabrício.
“Minha filha contou à polícia que ela ficou responsável em vigiar e alimentar o adolescente durante dois dias. E que ele foi morto com requintes de crueldade durante um ritual satânico em que os membros da quadrilha acenderam velas pretas e mataram o adolescente aos poucos. E que no cativeiro acontecia consumo de drogas, prostituição e magia negra. O cativeiro não foi no bairro Seis de Agosto, como afirmou Leonardo, e sim no Ramal Garapeira, AC-40, na casa de um homem estrangeiro e o filho dele é o líder da quadrilha. Minha filha contou que também ajudou a matar o garoto com golpes de faca e depois que ele estava morto colocaram o corpo em um saco e jogaram no açude do Ramal Itucumã”, contou a mãe da adolescente em entrevista.
A mulher, que não quer sua identidade revelada porque teme represálias por parte da quadrilha, disse que após a filha contar detalhes da morte do estudante, outras pessoas foram presas e ela (a mãe) e toda a família passaram a receber ameaças de mortes.
“Já mudei de endereço e minha filha foi levada para a Pousada do Menor, onde foi colocada em um local separado e protegido 24 horas pela polícia, mas existem outros membros da quadrilha soltos que estão nos procurando por que ficaram sabendo que minha filha está ajudando a polícia revelando quem são os outros envolvidos. Mas eu e minha família não estamos tendo proteção da polícia, que sabe que existem outras pessoas envolvidas no crime ainda soltas. Estamos correndo risco”, desabafou a mulher.
Através de investigações, a polícia contou com a participação da família do estudante, que conseguiu prender alguns suspeitos, entre eles uma adolescente de 14 anos, que confessou em depoimento que ela e uma amiga menor de idade ficaram responsáveis em alimentar o estudante durante dois dias em que ele permaneceu no cativeiro.
A mesma adolescente chegou a apontar um açude no Ramal Itucumã, Rodovia AC-40, como sendo o local em que o corpo do estudante teria sido desovado. Revelando ainda a participação de outras pessoas que foram presas pela polícia.
Após o depoimento, a menor passou a sofrer ameaças de morte e a família da garota procurou um representante do Centro dos Direitos Humanos pedindo para que tomasse providências, alegando que as ameaças de morte contra a adolescente e a família partiram de integrantes da quadrilha que participaram do crime.
Adolescente está sob proteção, garante fonte da polícia
Segundo informações de uma fonte policial, a adolescente que confessou participação no crime e que colaborou com a polícia está em um local seguro, sob proteção policial.
A fonte não confirmou se o local seria a Pousada do Menor, alegando que a menina está sendo ameaçada, e que ela está sob a proteção do Estado, através da Secretaria de Segurança e que a proteção será estendida a toda a família da menor.
Uma autoridade policial, que participa das investigações, não confirmou e não negou o que a mãe da menor falou em entrevista.
“Não podemos entrar em detalhes agora sobre os procedimentos que estão sendo adotados, mas podemos assegurar que a menor está protegida, ela e a família”. Afirmou a autoridade policial, que não autorizou que sua identidade seja revelada.