Policiais ameaçam greve nacional durante protesto pela PEC 300

Os policiais militares, civis e bombeiros de todo o país começaram ontem uma série de protestos para cobrar celeridade do Congresso Nacional para a votação da Proposta à Emenda Constitucional (PEC) 300/08, unificada com a 446/09. As propostas determinam que o piso inicial de todas as categorias de policiais seja igualado ao do DF: R$ 4,5 mil/praças e 9 mil/ oficiais. Os manifestos seguirão até o próximo domingo, dia 21, servindo como atividades para a Semana de Valorização dos Trabalhadores em Segurança Pública.

Policia-greve


As PECs unificadas foram aprovadas pela 1ª votação na Câmara dos Deputados (méritos), obtendo 85 votos a mais do que o necessário. Elas resolveriam todas as insatisfações salariais dos policiais e bombeiros brasileiros. Porém, quando seguiram para o 2º turno (destaques), elas foram adiadas por 20 dias pela falta de sessão e pela alegação de um dos deputados de que elas seriam ‘inconstitucionais’.  

 No Acre, mais de 700 policiais civis, militares e bombeiros lotaram ontem, às 9h, a praça Eurico Dutra, em frente à Assembléia Legislativa, para mostrarem as suas frustrações com a demora na 2ª votação da PEC 300-446 e o seu companheirismo com o movimento nacional. Eles promoveram ato público para exigir o andamento imediato da proposta unificada no Congresso Nacional, paralisando parte dos trabalhadores de Segurança Pública em todo o Estado durante 6 h.
De acordo com Natalício Braga, presidente da Associação dos Militares do Acre (AME/AC), o protesto serviu para integrar os mais de 2 mil PMs e 500 BMs acreanos ao movimento dos militares de todo o país. Segundo ele, o que barrou o progresso da PEC em Brasília foi uma manobra política do Governo Federal. Portanto, só unidos é que os policiais e bombeiros brasileiros serão capazes de denunciar à população este ‘abuso de poder’ da União com o avanço salarial das classes.
“Além disso, o protesto nacional mostra aos deputados, senadores e governantes que as categorias não estão brincando. Se continuarem tratando a PEC 300 - 446 com esse descaso, a direção nacional da AME deflagrará uma greve geral dos servidores de Segurança Pública. Caso isso aconteça, os policiais acreanos serão os primeiros a aderir a tal paralisação. Não é isso o que queremos. Porém, diante da atual situação (o piso do Acre é R$ 1.980), é preciso lutar pelos nossos direitos”, completou o sargento.
Quem também enfatizou a chance de uma greve, só que representando os mais de 1.500 policias civis (agentes e escrivães) acreanos, foi David Coe-lho, vice-presidente do Sinpol/AC. Segundo ele, se os políticos (incluindo os acreanos) não demonstrarem pelo menos o interesse de tirar a PEC 300- 446 do ‘congelador’, é bem provável que as direções nacionais da categoria não aceitem esse demora de braços cruzados.
Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

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