Trabalhadores em Saúde entregam pauta de reivindicações ao Governo

Os servidores em Saúde do Acre, representados pelo Sintesac, entregaram anteontem uma pauta de reivindicações contendo 11 pontos a ser negociados com o Governo do Estado. Com o documento, o sindicato aguarda uma resposta imediata, a fim de estabelecer dentro dos próximos 30 dias os principais acordos trabalhistas a serem firmados entre a administração estadual e a categoria.
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Os trabalhadores em Saúde representam o 2º maior sindicato do Acre, com um total de cerca de 8 mil profissionais, dos quais 5 mil são afiliados ao sindicato. Caso deflagrassem uma greve, os danos no atendimento de todo o Acre seriam incalculáveis.

Entre os itens cobrados pelo Sintesac estão: reposição salarial de 15%; aumento de 40% em benefícios (urgência-emergência, promoção à Saúde, complexidade, etc); insalubridade para profissionais de Saúde (art.75 e 80 da Lei Complementar 39/1993 e já acordado anteriormente); incorporação de adicional titulação; pagamento do auxílio-uniforme; cumprimento da Lei Federal no 9.436 (ocupantes do cargo das categorias de médico); isonomia salarial para técnicos de Saúde; incentivo de urgência-emergência para técnicos de saúde (concursados ou não); e aplicação de cursos profissionalizantes.

De acordo com Monteiro Junior, vice-presidente do Sintesac, o motivo para a pressa na resposta se dá pelo fato de que as negociações com o Governo devem ser concluídas até o final de março, ou então não serão mais cumpridas.

“Mandamos a pauta de reivindicações. Agora, o que temos de fazer é esperar pela resposta do Governo para marcar uma audiência conosco, na qual possamos discutir estes pontos e tentar chegar a um consenso. Caso não haja negociação ou as conversas não forem amistosas, já foi deliberado em assembléia que será deflagrada uma greve geral da categoria”, contou o vice-presidente do sindicato.

No município, conversa até o final do mês pode decidir greve
Outra classe que também está em processo de negociação é a dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s) de Rio Branco. Conforme o diretor sindical José Risomar, popularmente conhecido como ‘Rodrigo’, os agentes estão montando uma comissão de 20 a 30 representantes para discutir até o final deste mês com políticos, com a Secretaria municipal de Saúde (Semsa) e com a prefeitura.

A razão para ser montada uma comissão especifica, explica o diretor, foi porque os agentes, de forma geral, não acreditam mais em políticos e nem em outros sindicatos para ‘defender’ as suas causas. “Estamos cansados de pessoas dizendo que vão nos ajudar, quando na verdade só querem mesmo é se promover”, criticou ele.

Entre as principais reivindicações do ACS’s, constam a efetivação dentro do quadro de Saúde da cidade (cerca de 80% destes profissionais trabalham com contratos provisórios há quase duas décadas), o pagamento de insalubridade por atuar com produtos nocivos à própria Saúde e o fornecimento de protetor solar em campo.

“Praticamente, toda a prestação dos serviços de Saúde do município é baseada no nosso trabalho. Somos nós que conscientizamos à população sobre como evitar as doenças mais graves que existem na região, como a leptospirose, a malária e a dengue. Não é justo que tenhamos que nos esforçar tanto e nem ao menos sejamos reconhecidos como profissionais definitivos. Eu mesmo sou provisório há 16 anos”, desabafou.

Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

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