Bolívia acaba com exigência de pré-visto a estudantes brasileiros


Os movimentos da Aleac pela flexibilização da burocracia para permanência de estudantes brasileiros na Bolívia deram seu primeiro resultado.
Deputado Edvaldo Magalhães com estudantes: gestão vitoriosa do parlamento acreano

 O estudante acreano do 5o ano de Medicina em Santa Cruz de la Sierra, Adriano Marcel da Silva, telefonou eufórico para o assessor político da Aleac, Jair Santos na tarde desta quarta-feira, 2. "O visto consular, ou pré-visto, foi abolido, não necessitamos mais fazer, pois é inconstitucional. A própria Polícia de Imigração está avisando", relatou Marcel.
O estudante informou que, até o momento, não houve nenhuma divulgação formal sobre a abolição do pré-visto. Eles ficaram sabendo depois que a polícia deu uma batida em busca de residentes ilegais na Universidade de Aquino da Bolívia (Unabol). "Eles levaram diversos ilegais, conversaram e disseram que agora está mais fácil obter o visto", relatou Marcelo.
O pré-visto a que se refere Adriano é uma regra, agora abolida, que obrigava os estudantes brasileiros, antes de solicitar um visto permanente, a obter um visto nos consulados bolivianos no Brasil. O estudante explicou que ele, como acreano, foi obrigado, primeiro a tirar um visto no consulado boliviano de Brasiléia ao custo de 50 dólares e com validade de apenas 30 dias. "Só com este visto eu pude obter o outro visto para permanecer em Santa Cruz", informou.
Pelo entendimento de Adriano, a abolição do visto consular é o primeiro reflexo das interferências da Aleac junto ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil e junto ao governo boliviano. Em outubro passado, o presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães, e seis deputados estiveram em La Paz reunidos com os ministros da Justiça e da Educação da Bolívia pedindo mais flexibilidade na burocracia para a permanência de estudantes brasileiros naquele país.
Na semana passada, Edvaldo e uma comitiva de deputados estaduais e da bancada federal do Acre tiveram uma reunião no Itamaraty, em Brasília, com os embaixadores Antonio Patriota, diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores e Oto Agripino Maia, subsecretário das Comunidades Brasileiras Residentes no Exterior.
Na pauta da reunião, parlamentares e diplomatas discutiram uma alternativa para que o governo boliviano acabe com a burocracia para a concessão de vistos para estudantes, já que um acordo de 1939 prevê o livre trânsito de estudantes entre os dois países.


João Maurício
Agência Aleac


Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

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