Festival Yawá 2009: Índios Yawanawá apostam no etnoturismo como mais uma fonte de renda



A viagem até a Aldeia Nova Esperança começa no Aeroporto Internacional de Rio Branco, onde você pega o avião para as cidades de Tarauacá ou Cruzeiro do Sul. De lá até a ponte sobre o rio Gregório, de onde partem os barcos, são cerca de duas horas de carro pela BR-364, emoldurada de verde por todos os lados. A ponte, uma imensa estrutura de concreto no meio da floresta, é um marco na viagem. Lá você para o carro e desce até a beira do rio. Ali começa outra etapa do trajeto. Com sorte você encontra tucanos, araras, macacos, tartarugas. Sorria. Você está em meio à Amazônia, numa área de terra protegida por lei e preservada. Bem vindo à selva.
O trajeto de barco pode durar até 8h, pois na época do festival, em outubro, o rio está seco e com muitos galhos de árvores no leito. Os barqueiros são experientes e cuidadosos, o que deixa o passageiro livre para se preocupar apenas com a paisagem. Preste atenção nas araras amarelas que podem sobrevoar o barco, cruzando o rio de um lado para o outro. Ao voltar da aldeia, após ouvir o canto Kanarô, você vai lembrar delas como os pássaros da saudade. É bom ir protegido com uma camisa de malha de manga longa, porque o sol pode provocar queimaduras. Não esqueça o chapéu e o protetor solar. Para os mais observadores um binóculo pode ser boa companhia para ver as aves que passam voando alto.
O rio Gregório dá muitas voltas até chegar à Aldeia Nova Esperança, a maior aldeia da TI, que abriga também outras comunidades como a Amparo e a Sete Estrelas. Uma curva do rio é inesquecível e você vai saber quando chegar até ela. Um barranco bem alto indica que você está chegando. Sua primeira visão será a dos Yawanawás dançando numa coreografia sincronizada e entoando um canto de boas-vindas. É um momento que marca o seu primeiro contato com o povo Yawa.


FIQUE POR DENTRO

Alimentação

Durante o festival são preparados os pratos tradicionais da cultura Yawa, incluindo as carnes de caça e peixes, e muitas iguarias à base de banana, milho, batata e mamão. Também serão oferecidos pratos com carne bovina e frango. Mas o modo de preparo e o tempero podem ficar um pouco diferentes do costume do homem branco. Você tem a opção de levar alimentos semi-prontos como sopas e macarrões instantâneos ou alimentos em conserva. É sempre bom ter na bolsa algumas barrinhas de cereais para comer entre as refeições.

Localização

A Terra Indígena do Rio Gregório, onde está localizada a Aldeia Nova Esperança e todo o povo Yawanawá fica na região entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul. O acesso é feito por barco, pelo rio Gregório e o ponto de embarque é a ponte localizada na BR 364 entre os dois municípios. No período do festival o Gregório está com baixo volume de água e o leito do rio tem muitos galhos e troncos de árvores. O barco é pequeno, com motor de baixa potencia. Dependendo das condições de navegação podem ser gastas até 8h de barco.

Como chegar

Entre em contato com os administradores do povo Yawanawá que vivem na cidade. Um deles é o filho do cacique, que gerencia alguns projetos da aldeia. Macilvo Yawanawá (68) 9206-4261. A Manain Turismo também oferece o pacote turístico (www.maanaim-amazonia.com). As vagas são limitadas e a procura está alta. Segundo Larissa Rodrigues, da agência responsável pelo pacote, a maior procura é de turistas de São Paulo e Rio de Janeiro.

O que levar


Barraca e colchonete/colchão inflável ou rede
Repelente
Roupa discreta para banho
Remédios usuais
Máquina fotográfica
Chapéu/boné
Protetor solar
Roupas leves
Um agasalho

O que experimentar

Você pode experimentar o rapé, tomar o Uni, participar das brincadeiras - procure antes saber o significado e como se brinca. Não saia da Terra Indígena sem tomar um banho no rio Gregório. Lembre que antes de tomar o Uni - o chá da ayahuasca - é preciso se preparar primeiro. Nada de bebida alcoólica, comidas pesadas ou relações sexuais três dias antes de ingerir a bebida. Esta é a recomendação dada pelos indígenas. O rapé pode ser ingerido de forma individual ou aplicado por uma segunda pessoa através de um instrumento artesanal.

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Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

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