A sentença foi decretada as 5h da tarde desta quarta-feira, 5 de agosto. O julgamento que começou na manhã de segunda-feira, durou 36 horas e envolveu um grande aparato policial, por ter causado grande repercussão na região do Juruá e envolvido pessoas de outros estados. Os descendentes de árabe Raibibi Saib Haibibi, 56 anos e filho dele Samud Dell Armi Haibibi, 29 anos, conhecido como Sahaad, foram condenados a penas iguais, 19 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado. Eles foram julgados pela morte do comerciante Raimundo de Oliveira da Silva, mais conhecido como Mineiro, que teve o corpo encontrado dentro de um poço nos fundos da casa onde morava na Vila Santa Luzia, BR-364, cinco meses após o crime. Sahaad era genro da vítima e trouxe o pai do interior de Rondônia, para morar junto e unir as famílias. Segundo a investigação da polícia, os dois tramaram a morte de Mineiro, planejando ficar com alguns bens que ele possuía. No final de dezembro de 2006, eles mataram o comerciante a marretadas e jogaram o corpo dentro de um poço profundo, depois divulgavam pela comunidade que o homem tinha fugido para outra cidade. A farsa só veio à tona, com o mau cheiro que fizeram familiares denunciarem a polícia. Heleno Farias, advogado de defesa de Sahaad, defendeu a tese de que seu cliente ajudou apenas a ocultar o cadáver, não tendo participação no homicídio. Ele disse que a confissão feita a Polícia Civil foi por meio de coação e disse que a Defensoria Pública que defendeu o Saib, vai recorrer da decisão. O juiz Alesson José Santos Braz que presidiu o julgamento, disse que foi um dos mais demorados da história da cidade. Ele afirmou que algumas pessoas tiveram que receber atendimento médico durante a reunião para continuar. O filho da vítima Rogério Ribeiro Rodrigues, ficou satisfeito e considerou que a justiça foi feita. www.tribunadojurua.com |