Na manhã de ontem, policiais e bombeiros militares aceitaram em assembleia realizada no clube dos militares a proposta salarial do governo do Estado. A negociação teria avançado depois que a PM frustrou o assalto à casa da mãe do secretário do sistema de comunicação, Jorge Henrique.
De acordo com o presidente da Associação dos Militares do estado (AME), o sargento Natalício Braga, equipe de governo e representantes da associação reuniram-se à tarde e à noite de segunda-feira, dois dias depois da ocorrência que da morte de um assaltante e de dois presos acusados de roubo.
Para o militar-sindicalista, o acordo representou o avanço, contemplando os militares aposentados e os sargentos, que antes estavam excluídos da tabela de reajuste.
“Não tivemos 100% de avanço, mas conseguimos melhorias que garantiram aumento na remuneração de 600 sargentos, a incorporação do auxílio periculosidade, beneficiando os que estão na reserva, além da criação do pagamento da hora extra e de um abono salarial R$ 1,5 mil”, detalhou Braga.
Na proposta, o abono será oferecido aos PMs em duas fases, sendo R$ 750 em dezembro e R$ 750 em junho de 2010.
“Reconhecemos que a nossa reivindicação era de valores maiores, mas, antes da manifestação de 4 de maio, o governo não tinha nem uma proposta, então conseguimos muito”, falou o presidente.
O representante da AME afirmou que durante toda a negociação eles foram processados, além de responderem a inquéritos militares e de prisão.
Ainda na manhã de ontem, a proposta de reajuste foi encaminhada para a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Para o comandante-geral da Polícia Militar (PM), o coronel Romário Célio, prevaleceu o bom-senso, mostrando que o Estado do Acre possui suas limitações financeiras. (Freud Antunes)
FONTE: JORNAL A TRIBUNA