Charlene Carvalho - charlene@pagina20.com.br | |
29-Mai-2009 | |
Equipe econômica analisa casos de cada categoria profissional A equipe econômica do governo do Estado apresentou na tarde desta quinta-feira aos representantes dos sindicatos da Saúde e da Educação, em reuniões separadas, a contraproposta da administração estadual aos reajustes e reivindicações exigidos pelas duas categorias. A proposta apresentada ao Sinteac está baseada em quatro prioridades: o retorno da antiga regência de sala para os professores que estão efetivamente em atividade em sala de aula, pagamento do piso nacional dos servidores de nível médio retroativo a primeiro de janeiro aos professores, inclusive os que estão fazendo curso de formação de nível superior até que se formem, cursos de nível superior para pessoal de apoio e aumento salarial para os servidores do nível que precisam de complementação para atingir o salário mínimo. Segundo Francisco Nepomuceno, o Carioca, a proposta do governo foi apresentada com base na realidade financeira do Estado e contempla boa parte das reivindicações dos servidores da educação. Ele lembra, por exemplo, que a regência de sala já está garantida e visa beneficiar os professores que dão aula diariamente nas escolas estaduais. “É uma forma de premiarmos esses profissionais. Para se ter uma idéia do que representa isso, basta dizer que o Estado gasta hoje R$ 11 milhões por ano para contratar profissionais para suprir a falta desses professores que não estão em sala de aula”, disse Carioca. No caso da saúde, a proposta do governo garante análise da questão da insalubridade, que depende de laudo do Ministério do Trabalho, faculdade para profissionais de nível médio e a discussão dos cursos técnicos para a carreira de enfermagem - por causa do processo de extinção do técnico de enfermagem -, além da realização de concurso público para novas vagas na área. Segundo Carioca, o governo tem consciência da necessidade de readequação salarial, mas adverte que não há como conceder aumento linear para todos os mais de 40 mil servidores estaduais. “Um aumento linear é impossível. Há uma disposição do governo ao diálogo, ao entendimento, mas dentro da realidade financeira do Estado, que não é das melhores diante da grave crise mundial que atinge diretamente os Estados”, disse Carioca. O assessor especial do governo do Estado disse, porém, que as propostas de cada categoria estão sendo analisadas de forma criteriosa, levando sempre em conta a margem de recursos financeiros disponíveis. “O ideal seria reajustar os salários de todos, mas não temos condições de fazer isso. Porém, estamos estudando exaustivamente todas as propostas e negociando ponto a ponto para que nenhuma categoria seja prejudicada.” FONTE: Jornal Página 20 |