Vivemos tempos difíceis.
A crise é sistêmica e profunda. Atinge o coração do capitalismo e desmoraliza, enterrando de vez, a tese do "deus mercado" como salvador dos processos de acumulação.
O estado mínimo, distante dos agentes econômicos e desrregulador da economia, não existe mais.
Em suma, o neoliberalismo morreu.
Foi enterrado sem que seus defensores sequer trouxessem à memória uma última missa de sétimo de dia.
Nos Estados Unidos estão acusando Obama de "socialista" por defender a estatização de vários agentes financeiros (bancos) quebrados como única alternativa de aliviar o tamanho do estrago no sistema financeiro norte-americano.
A estatização de bancos, antes jamais pensando, virou receita corrente nos países promotores da maior crise do sistema pós-grande depressão.
Por aqui tucanos fazem de conta que não tem nada a ver com isso.
Quem não lembra o receituário neoliberal para a chamada "modernização da economia brasileira" pregado por Fernando Henrique e levado a cabo no seu
segundo governo através do mais vil e audacioso processo de privatização de
empresas públicas da história do país.Faltou entregar a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, os Correios e outras menos destacadas.O receituário foi pro ralo. Os teóricos perderam seus manuais.
O modelo neoliberal virou letra morta.
Os dinossauros estão de volta.
Viva o estado.
Morra o mercado.
Assim é a história.
Alguns ousaram proclamar o seu fim.
Estabeleceram um novo modelo para o mundo moderno, fracassaram.
Os que dobraram as bandeiras e as aposentaram, envergonham-se.
Os que as guardaram envergonhados, às retomam sem "querer querendo".
Os que capitularam embebedam-se arrependidos.
É isso aí.
Viva a história.
Aquele carro alegre que...
Fonte: Blog do Edvaldo