Rádio Comunitária Nova Era Fm lança desafio à população de Tarauacá: VAMOS ENSINAR NOSSO POVO A ASSINAR O NOME.

Analfabeto não é aquêle que não sabe ler e sim aquêle que sabe e não lê.
(Mario Quintana)




Caros leitores do Blog, qual é o conceito de analfabeto na opinião de vocês?

Vamos refletir sobre a seguinte situação:

Imaginem uma pessoa que não teve oportunidade de estudar quando ainda era jovem em função de ter que trabalhar para poder sobreviver.
Hoje, é uma pessoa que ainda trabalha, constituiu família, educou os filhos, conhece minimamente seus direitos, sabe o que é bom e o que é ruim para a vida, faz compras, conhece dinheiro, luta no sindicato, vota na urna eletrônica, opina sobre o que acontece no mundo, vai à igreja e reza, conta estórias para os netos, prega a honestidade, sabe qual é o melhor mês de plantar o arroz e ainda vai às reuniões da escola onde seus filhos estudam para saber como anda o desempenho deles.
Mas, como não sabe assinar o nome, carrega "nas costas" o TÍTULO OFICIAL DE ANALFABETO.

Agora imagine o outro lado da moeda:

Cidadão, filho de pais ricos, nunca precisou trabalhar, na infância tinha os brinquedos mais modernos e caros, estudou nos melhores colégios, se formou numa boa universidade e virou doutor.
Hoje é consumidor de cocaína, já estrupou duas garotas, bateu vários carros novos, tem várias passagens pela polícia, já tentou corromper pessoas com seu farto dinheiro, faz parte de uma gang de pit boys, etc...
Por saber assinar o nome é, OFICIALMENTE, CONSIDERADO UM CIDADÃO ALFABETIZADO.

Portanto, ser alfabetizado é ser uma pessoa decente.

Mas, por lei ser alfabetizado é saber, pelo menos, assinar o nome.

A Rádio Comunitária Nova Era Fm está começando uma campanha que desafia a população através de iniciativas simples e sem custo financeiro.

Com o título: VOCÊ PODE ENSINAR ALGUÉM A ASSINAR O PRÓPRIO NOME.

Não há nada mais humilhante para um cidadão ou uma cidadã o fato de não saber assinar o próprio nome.

As escolas, as igrejas, as empresas, os grupos de juventude, as pastorais, os sindicatos, as associações, os profissionais liberais e a população de maneira geral, estão sendo convocadas a entrar na campanha.

Certamente na sua família ou na sua rua, existe alguém que ainda não sabe assinar o nome. Então, vamos juntar uns amigos e vamos adotar alguém para ajudarmos.

É um primeiro passo.

As escolas poderiam elaborar um projetinho com a participação da comunidade escolar, levantar, primeiramente, através dos alunos, familiares dos mesmos que não sabem assinar o nome, depois alguém conhecido, depois o pessoal da vizinhança e assim por diante.
Que tal uma gincana em que as turmas de alunos, funcionários e professores se mobilizariam para cumprir tarefas escolares com esse objetivo e, ainda, como parte do processo de avaliação dos estudantes?

É só um exemplo.

Que tal amigo empresário conceder um prêmio de funcionário do ano àquele membro da empresa que ensinar o maior número de pessoas assinar o nome?

Não vamos ficar parados carregando o fardo de vivermos numa cidade de analfabetos.

Depois de ensinar a assinar o nome a gente pode pensar em ensinar a ler.

Tá lançado o desafio.

Junte sua turma, faça um plano, registre e depois a gente publica.