Com o fim de algumas administrações e após a reeleição de prefeitos acreanos, começam a surgir as denuncias de corrupção e malversação do dinheiro público por administrações anteriores.
No município de Bujari, depois dos transtornos da posse do prefeito eleito, João Edvaldo Teles (Padeiro), do (PMDB), começam a surgir as denuncias de corrupção da administração anterior. O funcionário de uma pequena empresa construtora em uma conversa com a reportagem fez denuncia de que o ex-prefeito, Michel Marques (PT), cobrava propinas das obras executadas pela empresa a qual ele prestava serviço no município.
O funcionário que se identificou como Francisco Teles disse que a empresa que trabalha ganhou uma licitação direcionada pelo prefeito para construção de banheiros no município do Bujari, e na primeira parcela do dinheiro liberado, Michel Marques ficou com a quantia de R$ 13.000,00, como forma de pagamento pelo direcionamento da licitação.
Outro prefeito que abocanhou uma gorda propina foi Nilson Areal (PL) reeleito no município de Sena Madureira. Segundo denuncias o prefeito embolsou R$ 100.000,00, de um saque realizado no Banco do Brasil, de aproximadamente R$ 465.000,00, referente à primeira parcela do dinheiro liberado para construção do estádio daquele município.
O show de irregularidades não é exclusividade de Bujari e Sena Madureira, por todo o Estado as denúncias de corrupção dominam o cenário político acreano. Em Xapuri o prefeito Wanderley Viana (PPS), além de cobrar propinas por toda e qualquer obra, ainda deixou os cofres da prefeitura vazios, o prefeito eleito Bira (PT), encontrou muita destruição nas dependências do prédio da prefeitura, tendo como maior surpresa um cofre vazio para administrar.
Em Senador Guiomard, Celso Ribeiro (PR) apoiado pela espetacular estrutura da Frente Popular, foi defenestrado pela população com uma humilhante derrota para o inexperiente James Gomes (PSDB) com 60% de preferência do eleitorado. E Senador Guiomard, a mesma construtora que atual na construção de banheiros do Bujari, também foi agraciada com obras e conseqüentemente pagou generosas propinas a Celso Ribeiro.
A verdade é um só, nos municípios acreanos, assim como no resto do país, se instalou a cultura do toma lá da cá, uma pratica que tem comprometido a qualidade dos serviços e obras públicas, um vício que precisa ser combatido pelas autoridades judiciais tanto do Acre como a nível nacional.
Pequenas prefeituras têm sido oneradas além da capacidade por grupos políticos que procuram apenas a realização pessoal, esquecendo de trabalhar pela população. Esta contaminação é evidente nos municípios acreanos, onde os serviços são tocados por empresas que tem como sede uma pasta que roda por todo o Estado garimpando as obras públicas a custo de propinas.
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