País atinge meta de acesso à água potável

O Brasil conseguiu alcançar a meta do milênio que diz respeito ao acesso à água encanada, porém a Região Norte foi a única entre as cinco regiões brasileiras que ainda não alcançaram a meta de milênio definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A meta da OMS é reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso à água canalizada,até 2015 segundo a análise feita pelo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) de 2007, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Pnad, em 2007, 91,3% dos moradores das cidades brasileiras tinham água canalizada, mas a Região Norte teve o pior desempenho com apenas 63,2% da população com acesso a esse benefício.

No Acre, por exemplo, aproximadamente 168 mil domicílios tinham abastecimento de água. Com canalização interna, 110 mil domicílios, desses 110 mil, 72 mil possuíam água da rede geral.

A pesquisa destaca que, em 2007, 58 mil residências no Estado não possuíam canalização interna e que, dessas, 17 mil casas usavam água da rede geral. Em 2006, 58% possuíam rede de água e, no ano passado, 65%.

Os números divulgados pelo Ipea, porém, não escondem algumas adversidades do país. Cerca de 54 milhões de pessoas, por exemplo, vivem em condições de moradia inadequadas em zona urbanas. Esse número se refere a 34,5% da população. De acordo com o estudo do Pnad, um em cada três brasileiros das cidades não tem condições dignas de moradia.

Região tem segundo menor acesso a esgoto sanitário
Em relação à rede de esgoto, 83% domicílios no Acre em 2007 possuíam rede. Em 2006, 82% residências tinham o benefício, ou seja, dos 140 mil domicílios, 28 mil deles não tinham esgoto.

O Norte foi a região que obteve o maior aumento nas ligações de domicílios à rede de esgoto em 2007, mas possui o segundo menor percentual de moradores com acesso ao esgotamento sanitário por rede de esgoto ou por fossa séptica entre as regiões brasileiras segundo dados da Pnad.

Enquanto na Região Norte 63,8% da população tem rede de esgoto sanitário ou fossa séptica em casa, os níveis de cobertura do serviço nas Regiões Sul e Sudeste passam de 85% e 93%, respectivamente.

No acesso ao esgotamento sanitário do tipo rede geral de esgoto ou fossa séptica, a Região Centro-Oeste é que apresenta pior desempenho, onde pouco mais de 52% da população urbana possui esgoto adequado.

Se considerarmos a cobertura do esgoto sanitário nas regiões há 15 anos, o Norte teve um aumento de 25,4% nas ligações à rede geral de esgoto, passando de 38,4% em 1992, quando tinha menor cobertura entre as cinco regiões do país, para 63,8%.

Se contabilizada a população urbana que possui coleta de esgoto por fossa séptica, o percentual sobe para 81%. Passou de 66,1% da população em 1992 para 81% em 2007.

Entre os domicílios dos Estados da Região Norte, 25,1% possuem fossa séptica. Outros 27,7% têm fossa rudimentar, 11,7% têm acesso à rede coletora de esgoto e o esgoto de 2,4% das residências vai para valas.

Criação de residências é o motivo segundo IBGE e Saerb
De acordo com o diretor do IBGE, Adão Delfino, o governo faz muita obra de esgoto, mas, devido a muitas construções residenciais, ainda não houve uma normalização. Levando em consideração 2006-2007, seis mil novos domicílios foram criados.

“O governo até que faz os esgotos, mas o Estado cresceu muito, então ainda não houve um balanço de entre as casas e os esgotos”, disse Adão.
Em 2006, havia 162 mil domicílios em 2007, esse número passou a apresentar 168 mil novos domicílios.

O diretor-presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb). Samy Ferraz, disse que, com os recursos do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), o abastecimento de água chegará perto dos 100% e também dos 70% de rede, coleta e tratamento de água. Atualmente, existem 17% de coleta de esgoto.

“A Pnad considera ter esgoto a população que tem fossa. 65% da população é abastecida por água do Saerb. O Ministério das Cidades apresenta 53% de cobertura, mas há 15 mil ligações clandestinas”, ressaltou Samy. (Ana Paula Batalha)
Raimundo Accioly

Cidadão comum da cidade de Tarauacá no Estado do Acre, funcionário público, militante do movimento social, Radio Jornalista, roqueiro e professor. Entre em Contato: accioly_ne@yahoo.com.br acciolygomes@bol.com.br 68-99775176

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