18/09/2008 : 01:10
Gleydison Meireles
Aconteceu na manhã de ontem, no auditório do Sebrae, uma reunião entre parlamentares da bancada federal do Acre, representante do Ministério das Relações Exteriores e familiares dos estudantes acreanos que moram na Bolívia, principalmente os que residem em Pando e Santa Cruz, locais onde as manifestações contra o governo Evo Morales são mais intensas.
O representante do Itamaraty, o embaixador João Luiz Pereira, foi convidado pelo senador Tião Viana para a reunião com as famílias. O objetivo foi esclarecer aos familiares sobre a atual situação boliviana e os procedimentos que serão adotados em caso de evacuação. A idéia é saber quem são e onde estão os brasileiros que residem no país em conflito, para isso os pais dos alunos preencheram uma ficha cadastral com todos os dados dos estudantes.
Segundo o senador Tião Viana, 50 famílias de estudantes brasileiros que moram na Bolívia já foram contactadas. “A idéia que estamos debatendo com o representante do Itamaraty é manter uma rede de informação entre familiares, parlamentares e o Itamaraty para que as informações circulem de forma mais rápida e direta. Na reunião vamos passar todas as estratégias e procedimentos a serem adotados pelo governo brasileiro caso seja necessário retirar esses estudantes brasileiros”, afirmou o senador
Tião Viana falou também que toda a situação de conflito na Bolívia está sendo acompanhada com atenção pelos políticos acreanos que se mostraram solidários com os familiares dos brasileiros residente no país vizinho, e com a população boliviana das regiões de conflitos, “É um momento delicado por qual passa a Bolívia, e nós estamos solidários a todos”, enfatizou Viana.
Segundo informações que chegam a Rio Branco os estudantes brasileiros evitam sair de casa e procuraram se isolar dos conflitos. Amigos bolivianos e até mesmo proprietários dos imóveis que os estudantes alugam, ajudam comprando mantimentos para que não seja necessária a exposição na rua. Nem todos conseguem manter um contato regular com os familiares.
A recomendação é para que todos os brasileiros que estão na Bolívia procurem o Consulado e façam o cadastro. “Se for preciso sair do país só sai quem estiver cadastrado”, alerta Tião Viana.
Segundo o deputado federal Nilson Mourão, duas bancadas, uma formada por ele e a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B), outra integrada pelos deputados federais Henrique Afonso (PT-AC), Gladson Cameli (PP-AC) e Fernando Melo (PT-AC), aguardam somente a liberação do governo boliviano para irem até o departamento de Pando e Santa Cruz.
O deputado federal Henrique Afonso disse que o Governo Federal está sensível aos problemas que tomaram de conta da Bolívia, e que está preparado para qualquer eventualidade, “Existem milhares de pessoas estudando na Bolívia atualmente, e se for necessário o Governo Brasileiro tem planos de retirada dos universitários brasileiros sitiados no país vizinho”.
De acordo com o Itamaraty, caso haja necessidade de retirada os estudantes, os estados escolhidos serão Acre ou Mato Grosso do Sul através de Rio Branco e Corumbá respectivamente.
Sem fiscalização
A Delegacia da Receita Federal no Acre decidiu suspende as fiscalizações no Posto na fronteira do Acre com a Bolívia por causa dos conflitos ocorridos na fronteira. As atividades foram suspensas desde ontem no alfandegamento do posto que fica em Epitaciolândia, fronteira com a Bolívia e foi publicada no Diário Oficial da União. A suspensão será por tempo indeterminado ou até que se restabeleçam as condições de segurança indispensáveis ao funcionamento do posto aduaneiro. O delegado da Receita Federal do Brasil em Rio Branco, Elmar Fernandes Nascimento informa que durante esse período a entrada de mercadorias compradas na Bolívia está proibida.
A dona de casa Suraia de Albuquerque, que tem um filho estudando em Santa Cruz de La Sierra, disse que fala com ele todos os dias e que ele está bem, mas se mostrou preocupada com a situação do pais, “Estou muito preocupada com toda essa situação lá da Bolívia, tenho falado com meu filho todos os dias, ele me tranqüilizou dizendo que está tudo bem com ele e seus amigos, tenho fé em Deus que a paz será restabelecida na Bolívia, mas em todo caso prefiro meu filho aqui perto de mim e em segurança”, declarou a mãe.
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Redação
redacao@folhadoacre.com
Fonte: O Rio Branco
Gleydison Meireles
Aconteceu na manhã de ontem, no auditório do Sebrae, uma reunião entre parlamentares da bancada federal do Acre, representante do Ministério das Relações Exteriores e familiares dos estudantes acreanos que moram na Bolívia, principalmente os que residem em Pando e Santa Cruz, locais onde as manifestações contra o governo Evo Morales são mais intensas.
O representante do Itamaraty, o embaixador João Luiz Pereira, foi convidado pelo senador Tião Viana para a reunião com as famílias. O objetivo foi esclarecer aos familiares sobre a atual situação boliviana e os procedimentos que serão adotados em caso de evacuação. A idéia é saber quem são e onde estão os brasileiros que residem no país em conflito, para isso os pais dos alunos preencheram uma ficha cadastral com todos os dados dos estudantes.
Segundo o senador Tião Viana, 50 famílias de estudantes brasileiros que moram na Bolívia já foram contactadas. “A idéia que estamos debatendo com o representante do Itamaraty é manter uma rede de informação entre familiares, parlamentares e o Itamaraty para que as informações circulem de forma mais rápida e direta. Na reunião vamos passar todas as estratégias e procedimentos a serem adotados pelo governo brasileiro caso seja necessário retirar esses estudantes brasileiros”, afirmou o senador
Tião Viana falou também que toda a situação de conflito na Bolívia está sendo acompanhada com atenção pelos políticos acreanos que se mostraram solidários com os familiares dos brasileiros residente no país vizinho, e com a população boliviana das regiões de conflitos, “É um momento delicado por qual passa a Bolívia, e nós estamos solidários a todos”, enfatizou Viana.
Segundo informações que chegam a Rio Branco os estudantes brasileiros evitam sair de casa e procuraram se isolar dos conflitos. Amigos bolivianos e até mesmo proprietários dos imóveis que os estudantes alugam, ajudam comprando mantimentos para que não seja necessária a exposição na rua. Nem todos conseguem manter um contato regular com os familiares.
A recomendação é para que todos os brasileiros que estão na Bolívia procurem o Consulado e façam o cadastro. “Se for preciso sair do país só sai quem estiver cadastrado”, alerta Tião Viana.
Segundo o deputado federal Nilson Mourão, duas bancadas, uma formada por ele e a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B), outra integrada pelos deputados federais Henrique Afonso (PT-AC), Gladson Cameli (PP-AC) e Fernando Melo (PT-AC), aguardam somente a liberação do governo boliviano para irem até o departamento de Pando e Santa Cruz.
O deputado federal Henrique Afonso disse que o Governo Federal está sensível aos problemas que tomaram de conta da Bolívia, e que está preparado para qualquer eventualidade, “Existem milhares de pessoas estudando na Bolívia atualmente, e se for necessário o Governo Brasileiro tem planos de retirada dos universitários brasileiros sitiados no país vizinho”.
De acordo com o Itamaraty, caso haja necessidade de retirada os estudantes, os estados escolhidos serão Acre ou Mato Grosso do Sul através de Rio Branco e Corumbá respectivamente.
Sem fiscalização
A Delegacia da Receita Federal no Acre decidiu suspende as fiscalizações no Posto na fronteira do Acre com a Bolívia por causa dos conflitos ocorridos na fronteira. As atividades foram suspensas desde ontem no alfandegamento do posto que fica em Epitaciolândia, fronteira com a Bolívia e foi publicada no Diário Oficial da União. A suspensão será por tempo indeterminado ou até que se restabeleçam as condições de segurança indispensáveis ao funcionamento do posto aduaneiro. O delegado da Receita Federal do Brasil em Rio Branco, Elmar Fernandes Nascimento informa que durante esse período a entrada de mercadorias compradas na Bolívia está proibida.
A dona de casa Suraia de Albuquerque, que tem um filho estudando em Santa Cruz de La Sierra, disse que fala com ele todos os dias e que ele está bem, mas se mostrou preocupada com a situação do pais, “Estou muito preocupada com toda essa situação lá da Bolívia, tenho falado com meu filho todos os dias, ele me tranqüilizou dizendo que está tudo bem com ele e seus amigos, tenho fé em Deus que a paz será restabelecida na Bolívia, mas em todo caso prefiro meu filho aqui perto de mim e em segurança”, declarou a mãe.
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Redação
redacao@folhadoacre.com
Fonte: O Rio Branco