(Jornal Página 20)
Ananá garante renda e trabalho na agricultura familiar de Tarauacá
Uma interrogação inquieta estudiosos e curiosos: qual o segredo do “Abacaxi Gigante de Tarauacá”, que insiste só nascer em uma pequena região? A fruta guarda, segundo colonos, cerca de cem anos de história entre a população do Vale do Tarauacá. Há 28 anos começou a ser cultivada em experimentos comerciais - e há 15 tem garantido a sobrevivência de pelo menos quinze famílias da região do Projeto de Assentamento Tarauacá, onde abriga a mancha de solo perfeita para a espécie.
A região que produzia o ananá, como é conhecida a fruta popularmente, concentrava-se no Igarapé Preto, não muito distante do centro da cidade. Ali, o pasto substituiu os cultivos, que se transferiram para o PA Tarauacá.
Quatro vezes campeão do Festival do Abacaxi de Tarauacá por produzir a maior fruta, João Ferreira da Silva, o “João Cobra”, já apareceu em programas nacionais narrando a saga do ananá. Mas ,pouca coisa se sabe. Ao longo dos últimos 28 anos, ele e o grupo de produtores acabaram desenvolvendo práticas que melhoraram a produção e mantiveram o tamanho da fruta. Uma das dicas de produção de um bom ananá é colocar açúcar no “filhote” a ser plantado e potencializar o sombreamento com pés de mandioca.
Nos dois anos que leva para produzir a fruta, as alas devem ser capinadas pelo menos quinze vezes. “É uma cultura melindrosa”, conta o agricultor que assim como vários outros consegue uma renda média de R$ 400 por mês plantando e vendendo a fruta no mercado de Tarauacá. João possui atualmente 4,5 mil pés, sendo que 1,5 mil estão em franca produção.
No total, são cerca de 10 toneladas por produtor ao ano, em média. Levando-se em conta o número de colonos dedicados à cultura, a produção atinge perto de 120 toneladas anuais. Os maiores, que chegam a 18 quilos, são vendidos a preços que variam de R$ 10 a R$ 15.
O plantio vai de setembro a dezembro e a colheita poderá ser feita em 24 meses. Se vai ser abacaxi grande, só a atenção dispensada à cultura dirá. “Tem de estar na plantação todo dia. Toda hora tem que estar vendo alguma coisa”, diz João Cobra. Atualmente, os plantios estão sendo prejudicados por um pequeno pássaro de cor escura, apelidado de Pierre. A ave faz buracos na fruta para comê-la, tornando-a inadequada para o comércio.
Com a melhoria dos ramais e o asfaltamento da BR 364, muita coisa melhorou para os produtores do PA Tarauacá, especialmente quanto à questão do transporte.
Um bom abacaxi pode produzir doze litros de suco. “O segredo do Abacaxi Gigante é dar o trato certo e cuidar”, diz João Cobra. Em outras palavras: “trabalho, trabalho e muito trabalho”, resume.
(Agência de Notícias do Acre)
Ananá garante renda e trabalho na agricultura familiar de Tarauacá
Uma interrogação inquieta estudiosos e curiosos: qual o segredo do “Abacaxi Gigante de Tarauacá”, que insiste só nascer em uma pequena região? A fruta guarda, segundo colonos, cerca de cem anos de história entre a população do Vale do Tarauacá. Há 28 anos começou a ser cultivada em experimentos comerciais - e há 15 tem garantido a sobrevivência de pelo menos quinze famílias da região do Projeto de Assentamento Tarauacá, onde abriga a mancha de solo perfeita para a espécie.
A região que produzia o ananá, como é conhecida a fruta popularmente, concentrava-se no Igarapé Preto, não muito distante do centro da cidade. Ali, o pasto substituiu os cultivos, que se transferiram para o PA Tarauacá.
Quatro vezes campeão do Festival do Abacaxi de Tarauacá por produzir a maior fruta, João Ferreira da Silva, o “João Cobra”, já apareceu em programas nacionais narrando a saga do ananá. Mas ,pouca coisa se sabe. Ao longo dos últimos 28 anos, ele e o grupo de produtores acabaram desenvolvendo práticas que melhoraram a produção e mantiveram o tamanho da fruta. Uma das dicas de produção de um bom ananá é colocar açúcar no “filhote” a ser plantado e potencializar o sombreamento com pés de mandioca.
Nos dois anos que leva para produzir a fruta, as alas devem ser capinadas pelo menos quinze vezes. “É uma cultura melindrosa”, conta o agricultor que assim como vários outros consegue uma renda média de R$ 400 por mês plantando e vendendo a fruta no mercado de Tarauacá. João possui atualmente 4,5 mil pés, sendo que 1,5 mil estão em franca produção.
No total, são cerca de 10 toneladas por produtor ao ano, em média. Levando-se em conta o número de colonos dedicados à cultura, a produção atinge perto de 120 toneladas anuais. Os maiores, que chegam a 18 quilos, são vendidos a preços que variam de R$ 10 a R$ 15.
O plantio vai de setembro a dezembro e a colheita poderá ser feita em 24 meses. Se vai ser abacaxi grande, só a atenção dispensada à cultura dirá. “Tem de estar na plantação todo dia. Toda hora tem que estar vendo alguma coisa”, diz João Cobra. Atualmente, os plantios estão sendo prejudicados por um pequeno pássaro de cor escura, apelidado de Pierre. A ave faz buracos na fruta para comê-la, tornando-a inadequada para o comércio.
Com a melhoria dos ramais e o asfaltamento da BR 364, muita coisa melhorou para os produtores do PA Tarauacá, especialmente quanto à questão do transporte.
Um bom abacaxi pode produzir doze litros de suco. “O segredo do Abacaxi Gigante é dar o trato certo e cuidar”, diz João Cobra. Em outras palavras: “trabalho, trabalho e muito trabalho”, resume.
(Agência de Notícias do Acre)
tem como combater esse passaro.
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