Hoje estive pensando no que verdadeiramente buscamos em nossas vidas. Se vivemos para nós mesmos ou para o mundo. Se a vida é tão passageira porque temos que ser tão egoístas ao ponto de não se importar com os demais?
O século XXI bateu em nossas portas trazendo muitas incertezas, a maior delas é até quando viverá a humanidade. Guerras das mais diversas formas são desatadas todos os dias em busca de poder. A realidade atual nos mostra a luta dos pequenos para sobreviver meio aos grandes, e isso pode se adequar desde a luta dos iraquianos para sobreviver à invasão ianque, até a dos povos indígenas amazônicos para sobreviver ao aparelhado mundo consumista dos meios urbanos.
A compreensão desse contexto pela juventude das mais diferentes partes do mundo se faz necessária para organizar sua defesa, para conservar sua liberdade e continuar cultivando seus sonhos. Se recorrermos à história, vamos nos dar conta que desde o homos herectus, a sobrevivência esteve relacionada com a guerra. O homem evoluiu, e também evoluíram as estratégias e instrumentos da guerra. O mundo atual virou um palco de combates.
Estes dias o mundo tem discutido o comentário do jornal americano New York Times, que pergunta a quem pertence a Amazônia. Agora eu pergunto: Quantas escolas do Acre, do Amazonas ou do Brasil debateram essa agressão à nossa soberania? Quantos políticos chamaram ao povo para informar e debater essa ameaça? Às vezes os problemas mais imediatos de nosso povo, como a fome, a falta de teto, a ignorância, a corrupção dos políticos cretinos que se fazem ricos em quatro anos e deixam crianças e anciãos morrerem em pleno descaso, impedem nossa população de despertar para uma ameaça tão eminente. Afinal, o mundo já não tem água doce, seus recursos hídricos estão se esgotando, muitos recursos minerais, vegetais e animais só existem em nossa região. Existem sérios estudos no mundo que prevêem guerras por falta de água ainda este século. A solidariedade com os povos que necessitam de nossos recursos, deve ser do tamanho de nossa soberania. Não precisamos de tutores para cuidar da Amazônia.
Assim, concluo pensando que nesse pouco espaço de tempo que passamos neste mundo, devemos fazer o melhor, viver para o mundo, para ajudar a quem carece de nossa ajuda e não para os sonhos medíocres. A vida é única, irrepetível, e todos merecem um pouco de felicidade.
Por Janilson Lopes Leite
Estudante do 5º ano de medicina em Cuba
Caro Genilson,
ResponderExcluirConcordo com você. Mas veja bem, o problema maior que vive a amazônia não é a questão da soberania. É claro que é importante debater isso. Mas não podemos achar que o maior inimigo da Amazônia são os "gringos", mas são os próprios brasileiros em grande parte, pense por exemplo nos grandes madereiros, latifundiários, e até o próprio governo com sua política agrícola-pecuária extensiva. Concordo que tem muito estranfgeiro safado querendo se aproveitar ou se aproveitando da Amazônia, e esse devemos sem dúvida colacá-los na prisão. Mas há muita incompetência na política ambiental do Brasil, que dá margem para estes tipos de perguntas. Tenho algo escrito referente a isso em meu blog, veja-o, caso lhe interessa.
De quem o estima muito,
Isaac Melo