Samu anuncia demissão de 20 motoristas e convoca bombeiros para conduzir ambulâncias

A enfermeira Lúcia de Fátima Carlos, chefe do Serviço de Atendimento de Urgência e Emergência (Samu), anunciou a demissão de 20 motoristas de ambulância. A informação foi dada pessoalmente pela enfermeira ao presidente do sindicato que representa a categoria, Marcos Figueiredo.

“Usaram o argumento de contenção de gastos. Mas essa desculpa não cola. Vinte pais de família serão jogados na rua depois de darem o sangue por esse trabalho”, disse o sindicalista.

Os trabalhadores tiveram acesso ao serviço público através do Pró-Saúde. O programa é alvo de denúncias diversas de servir como cabide de emprego para partidários ligados ao governo.

O governo do Estado vai substituir os motoristas de ambulância por militares do Corpo de Bombeiros. Uma solicitação oficial foi remetida ao quartel. Representantes do sindicato da categoria estiveram no Comando-Geral, na tarde desta segunda-feira (15), e confirmaram a informação.

“Fomos avisados que as escalas estão sendo montadas”, disse o sindicalista. A enfermeira Lúcia não foi localizada.Bombeiros irão conduzir ambulâncias

O sindicato dos Motoristas de Ambulância decidiu consultar advogados para avaliar a legalidade da decisão tomada pelo governo. A principal queixa é que os bombeiros iniciariam o trabalho de conduzir as viaturas ganhando cerca de R$ 600,00 a mais que o salário pago a eles. Além disso, muitos trabalhadores investiram alto na capacitação para a função, sendo obrigados a fazer cursos de direção defensiva, atendimento pré-hospitalar e outros.

O Governo do Estado sinalizou que demitiria os condutores quando decidiu remanejar motoristas oficiais, que fazem o transporte de autoridades, para conduzir ambulâncias. A medida configura disfunção e improbidade administrativa, uma vez que esta tarefa deve ser exclusiva de profissionais treinados.

Exatos 552 motoristas de ambulância estão aprovados no concurso público realizado em 2014. Desde então, esses candidatos aguardam ser convocados e uma oportunidade para trabalhar. No total, 89 motoristas oficiais, que também não têm habilidades para a função, já foram convocados.

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