Depois da eleição do Sinteac, em que fiquei no segundo lugar, fui derrotado no voto, publiquei uma carta de agradecimento aos trabalhadores em educação, voltei para Tarauacá e continuei minha vida aqui em minha cidade.
A nova diretoria eleita tinha agora a tarefa de cuidar da nossa luta.
O que acho lamentável são essas notícias de escândalos envolvendo a Diretoria Estadual do nosso histórico e glorioso Sinteac, maior patrimônio dos Trabalhadores em Educação do Acre.
Um sindicato construído ao longo da história do movimento popular do nosso estado, com luta, determinação, perseguições, processos, prisões, resistência e vitórias para nossa classe trabalhadora.
A atual direção está envergonhando os protagonistas da construção dessa entidade desde sua fundação e, principalmente, nossa categoria que recentemente foi às urnas para escolher através do voto, seus atuais dirigentes.
Desde o dia da última eleição que nossa entidade virou manchete de jornais e peças jurídicas com denúncias de irregularidades no processo eleitoral, chegando ao ponto de colocar em cheque a honestidade das pessoas que foram eleitas.
Agora mais esse escândalo, onde os próprios membros da diretoria fazem acusações de mau uso do dinheiro dos associados.
O que seria um encontro do Conselho de Representantes para se discutir a política sindical da entidade, virou uma onda acusações e desconfiança do comando da entidade.
Não quero aqui condenar ou inocentar essas pessoas. Acho que todas essas denuncias devem ser apuradas com a firmeza com base no que estabelece o estatuto da entidade e também o código penal brasileiro.
Quem for inocente terá nosso reconhecimento. Quem for culpado terá que ser responsabilizado.
Nossa categoria não deve tolerar, em hipótese alguma, qualquer tipo de desonestidade na condução da nossa luta.
O que está acontecendo deixa a categoria humilhada, desunida e nossa luta enfraquecida.
Aos nossos associados e nossas associadas peço que não tomem decisão de se desfilarem agora e esperem o desenrolar disso tudo.
O enfraquecimento da nossa entidade só favorece aqueles e aquelas que sempre combateram a nossa organização sindical, especialmente os que ao longo da história sempre nos tratavam como vagabundos e baderneiros nas nossas grandes lutas aqui do Acre.
Raimundo Nonato Accioly Gomes