Segundo ela, as familias vêm de suas comunidades do alto e baixo Rio Tarauacá, Rio Murú para a sede do município em busca de resolver seus problemas nos órgão públicos, privados, fazer compras, buscar tratamento de saúde e outros afazeres. Geralmente e como é costumeiro, durante os dias que ficam no porto, moram no interior de suas embarcações. A noite dormem nos barcos.
Uma moradora de uma comunidade do Rio Taraaucá, conta um pouco desse drama passado por ela e desabafa: "Não suportamos mais tanta humilhação". Ela pede ajuda dos poderes, através das forças de segurança, para que intervenham o mais breve possíivel nessa questão.
Veja o que ela disse:
"Nós estavamos aqui às 4 horas da manhã, quando escutamos mexer na água, nossa canoa tava quase no meio mesmo e no fundo.Quando olhamos eles entraram encapuzados. Um com uma escopeta e outro com um revolver. Aí torturaram a "G" que tava com uma criancinha até ela entregar o celular. Passaram pra traz e torturaram o "T" atrás de dinheiro. "T" deu os cento e cinquenta reais que tinha. Aí eles pegaram a bolsa e tiraram mais dois celulares e levaram. Depois passaram para outra canoa do lado. Levaram o dinheiro do irmão "RP" todinho e um cordão. Passaram pra outa canoa mais em baixo e levaram mil e pouco reais e o celular de outro rapaz também. A gente não aguenta mais.Ninguém pode mais dormir em paz aqui no porto da cidade. É tanta coisa que a gente só falta desmaiar. A gente tem pressão altya, gente traz criança deficiente, idosos... A gente pede que essas pessoas autoridades que façam um meio desse pessoal deixar o povo da zona rural em paz. A gente vem por necessidade. Traz alguma coisinha pra poder comprar um rancho, um óleo pra poder voltar pra casa aí eles chegam nas canoas dessa forma e lçevam tudo. Pedimos que o Accioly anuncie no rádio na internet, para ver o que eles vão fazer pelo povo, porque nós não suportamos mais tanta humilhação" .